O candidato à presidência do F. C. Porto apresentou, esta quinta-feira, Andoni Zubizarreta como diretor desportivo e Jorge Costa como diretor do futebol profissional caso a Lista B seja vencedora do escrutínio de dia 27.
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Antigo defesa central e ex-capitão, Jorge Costa jogou 13 épocas no F. C. Porto e conquistou oito campeonatos, cinco Taças de Portugal e outras tantas Supertaças, além, claro, da Taça UEFA de 2003 e da Liga dos Campeões de 2004.
O ex-guarda-redes internacional espanhol, que jogou no Athletic Bilbao, Barcelona e Valência, trabalhou com Villas-Boas durante a passagem do antigo técnico pelo Marselha, entre 2019 e 2020, sendo que também desempenhou funções idênticas no Barcelona e no Athletic Bilbao.
Natural de Vitória-Gasteiz, no País Basco espanhol, Zubizarreta será o diretor desportivo do F. C. Porto, caso a lista "Só Há um Porto" triunfe no ato eleitoral dos azuis e brancos, que promete ser o mais concorrido da história.
"Sendo exemplares, tornaram-se capitães das respetivas equipas e tudo ganharam nas duas carreiras. Vão ajudar a reeguer este F. C. Porto", afirmou André Villas-Boas, antes de falar diretamente para os dois antigos atletas.
"A liderar toda a estrutura está o diretor desportivo Andoni Zubizarreta. Sob a sua alçada estará o diretor futebol profissional, Jorge Costa. Zubizarreta distinguiu-se como jogador, estuda e pensa o futebol, com plena consciência da importância do jogador de futebol. Fruto de termos trabalho juntos, partilhamos a mesma visão, com visão estratégia e planeamento", afirmou Villas-Boas, antes de falar como adepto em direção a Jorge Costa.
"Jorge Costa, candidato a diretor futebol profissional. Como faltam palavras para te descrever, vou falar como sócio: bicho, o nosso bicho. Grito, garra, sangue, suor e lágrimas. Ninguém passa, até os comemos. Liderança, ensino, gestão dos jovens e dos profissionais. Estás de volta à casa de onde nunca deverias ter saído", defendeu o candidato à presidência, antes de manifestar um desejo.
"Ter uma estrutura coesa e inovadora é a chave para superar desafios do futebol moderno. Aproxima-se a hora da mudança. Vocês decidem!", salientou, antes de abordar uma série de questões em relação às eleições de dia 27 e deixar um alerta importante aos sócios.
"Vender 30% da Porto Comercial a 10 dias das eleições é grave"
"Ficámos a saber que apenas 40 mil dos sócios estão com capacidade eleitoral, o que significa que cerca de 30 mil têm quotas por regularizar. Tenham isso em conta", pediu, antes de ser questionado sobre o negócio, formalizado esta quinta-feira, pela SAD azul e branca em vender 30% da F. C. Porto Comercial para os próximos 25 anos.
“Porquê a pressa na venda de 30% dos direitos da F. C. Porto Comercial? Apesar de o parceiro ser bom, custa-nos a aceleração do processo. Teremos de conhecer as pessoas quando lá chegarmos. Quando se vende por inoperância e a 10 dias das eleições é grave", acusou, não se mostrando nada tranquilo com as explicações dadas pelos atuais dirigentes sobre a questão do fair-play financeiro.
"Incumpriu em determinados períodos e, aí, faltam-nos respostas. Ninguém vai à UEFA para tomar café. Há coima ou perigo de suspensão das provas europeias? Estas perguntas são de resposta fácil e vimos que o comunicado [da SAD] é defensivo. Pode haver más notícias a caminho", revelou.
"Este movimento tem sido transformador, um sinal de vitalidade do clube. Custa-me ver que há um número importante de associados sem capacidade eleitoral, por não terem as quotas regularizadas. Podemos estar perante um caos operacional, que impeça pagar as quotas no próprio dia. Quero agradecer a quem me acompanha, pessoas que abdicaram de boas situações profissionais e mesmo de salários bem superiores para poderem ter a oportunidade de servir o F. C. Porto", disse.