O antigo defesa central e capitão dos dragões foi apresentado, esta quinta-feira, como diretor do futebol profissional da lista de André Villas-Boas e, durante a cerimónia, garantindo que não podia recusar o convite do “clube do coração”, enquanto Zubizarreta destacou a importância do "amor à camisola".
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Jorge Costa adiantou que se vai manter, até ao final da época, como treinador do AVS, da Liga 2, e manifestou o desejo de “festejar duas vezes” em pouco tempo, referindo-se às eleições de dia 27 e à luta pela subida de divisão.
“Temos aqui uma casa [sede de candidatura] cheia e obrigado André pelo convite para este projeto. Estou muito, muito, muito feliz. A minha função será diretor para o futebol profissional, coordenando as equipa sub-19, B e A, fazendo a ligação entre as três, sempre em sintonia com o presidente e o diretor desportivo”, afirmou Jorge Costa, antes de deixar uma frase forte.
“A missão é servir o F. C. Porto e não é servir-me do F. C. Porto”, garantiu o candidato a diretor do futebol profissional, com um objetivo claro em mente: “Já estivemos a conversar sobre isso: se queremos que o nosso F. C. Porto volte, é preciso que esses jogadores à Porto voltem, não basta ser bom tecnicamente”.
“Posso dar o meu exemplo: nos anos de 2003 e 2004, em que ganhámos títulos europeus, e para explicar que nada acontece por acaso: levantava-me contente de manhã para ir trabalhar, sentia-me bem no clube, havia ligação entre jogadores, equipa técnica, roupeiros, departamento médico. Sabíamos o que queríamos e como devíamos lá chegar e ninguém se desviou do rumo. Esse é o caminho para o sucesso”, defendeu, garantindo que não demorou a tomar uma decisão.
“Foi muito fácil. Um convite do F. C. Porto, que é a minha casa, o meu clube e a minha paixão, não se recusa. Ter a oportunidade de voltar pela porta grande, não podia dizer que não. Podemos ser uma lufada de ar fresco. Tenho de aproveitar para agradecer ao presidente e diretor desportivo do AVS pela compreensão. Continuo até final da época, espero comemorar duas vezes em pouco tempo”, disse, defendendo que não caiu “no esquecimento dos verdadeiros portistas”.
Zubizarreta: “Amor à camisola é muito importante”
O diretor desportivo escolhido pela lista “Só há um Porto” foi questionado sobre o que o levou a dizer que sim ao convite de André Villas-Boas.
“O que me fez aceitar este desafio foram estas pessoas. O futebol é uma paixão, que aprendi no meu clube de coração, o Athletic Bilbao, que agora vai ter de ser dividido com o F. C. Porto”, referiu Andoni Zubizarreta, antes de abordar a importância do ADN do clube.
“Quando jogava contra o F. C. Porto sempre fiquei com a sensação que eram jogadores competitivos, intensos, boa qualidade técnica e compreensão de jogo, além de um amor à camisola muito importante. Este é o ADN do F. C. Porto”, disse, antes de “concordar” com as semelhanças entre o F. C. Porto e o Barcelona, clube que também representou enquanto futebolista e dirigente.
“Sim, há muitas parecenças na cultura e também gostamos do bacalhau [risos]. É importante saber por quem jogas, o que os adeptos esperam”, lembrou, prometendo uma estrutura bem definida nas áreas do scouting e da formação, revelando que estará, esta quinta-feira, na Suíça, a ver a equipa de sub-19 do F. C. Porto começar a disputar a “final four” da UEFA Youth League.