Jorge Jesus foi protagonista de um magazine da UEFA esta quarta-feira. Entre os vários temas abordados, o apuramento do Fenerbahçe e a música estiveram em destaque.
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Em declarações à UEFA, Jorge Jesus fez uma analogia com a forma de treinar e a música: "Há o cantor compositor, mas também há os que cantam e os que têm de fazer as canções deles. Os anos vão-nos dando cada vez mais conhecimento e cada ano que passa na carreira do treinador, melhor é. Hoje sou muito mais treinador aos 60 anos do que quando tinha 40. Para mim, o mais importante é o treinador criativo, que cria as ideias de jogo e a sua forma de treinar. Cada treinador tem de saber criar as suas ideias de forma a ganhar mais do que os outros. Se não for assim, tem de se agarrar aos livros, mas como o futebol não é uma ciência exata, os livros nunca vão fazer nenhum treinador", começou por dizer.
Relativamente às influências enquanto treinador, Jorge Jesus recordou os tempos antigos do Ajax. "Apanhei o tempo em que apareceu aquela grande equipa do Ajax, com Rinus Michels e o treinador romeno o Stefan Kovacs. Eles começam a lançar uma ideia diferente de jogo, são os primeiros criadores de um futebol dinâmico, onde todos tinham de defender e atacar. Depois, o Cruijff enquanto treinador seguiu essa filosofia e eu começo também a querer perceber essa ideia. É quando começo a minha carreira e tenho um estágio com ele em Barcelona. Foi a pessoa que mais me influenciou", disse.
O Fenerbahçe está na liderança da liga turca e apurado para a fase seguinte da Liga Europa, mas Jorge Jesus disse que as ideias ainda não estão bem assimiladas pelos jogadores. "A tua forma de implantar as tuas ideias tem a ver com os jogadores. O Fenerbahçe está a fazer uma boa campanha na Liga Europa, mas não ganhou nada. Dizer que as minhas ideias estão assimiladas pela equipa não é verdade, estamos no princípio", finalizou.