O treinador do Flamengo, Jorge Jesus, explicou a escolha pelo "mengão" e considerou-se diferente dos outros técnicos, por ser o criador das próprias ideias.
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"O futebol dá sempre a possibilidade de dar passos à frente. A decisão de escolher o Brasil não foi fácil. Algumas pessoas ligadas a mim não estavam muito de acordo, porque o Brasil despede muitas vezes treinadores. Pensavam que podia não ser bom para a minha carreira mas eu pensava o contrário. Não hesitei em escolher o Flamengo porque já o conhecia. É um dos maiores clubes do mundo em termos de números adeptos. Podíamos chegar ao Mundial e Clubes pela Taça dos Libertadores. Foi um desafio que abracei logo", começou por dizer em entrevista à RTP.
Num dia em que foi recebido por Marcelo Rebelo de Sousa no Palácio de Belém para ser condecorado com a ordem do Infante D. Henrique, Jorge Jesus revelou ter viajado para o Brasil com confiança de que podia conquistar os dois títulos mais importantes - Taça dos Libertadores e Brasileirão - considerando-se "diferente" dos outros técnicos.
"Já ia com a confiança que podia ganhar as duas competições. Não pensei em trazer algo de novo ao futebol brasileiro. Pensei na equipa e na qualidade do nosso trabalho. O que me dava essa confiança? Tem a ver com a nossa qualidade, com a forma como trabalhamos. Mas só conseguimos transmitir as ideias se tiveres jogadores. Eu sou diferente dos outros, sempre fui. Eu sou um criador das minhas ideias. Os jogadores acreditaram que éramos diferentes. Que trabalhando como nós achamos que deviam trabalhar, iam crescer. Tornou-se mais fácil treinar e mais fácil ganhar. Os jogadores brasileiros surpreenderam-me. Não encontrei um clube que amasse tanto um treinador", acrescentou.