Federação acena com 10 milhões para garantir técnico português.
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Novo capítulo na carreira de Jorge Jesus. O treinador português está em conversações com a Federação saudita para se tornar selecionador nacional, sabe o JN. Nesta fase, ambas as partes estão apenas a dialogar, mas há boas hipóteses do técnico, 68 anos, comandar, pela primeira vez, uma seleção nacional.
Jorge Jesus pode tornar-se no selecionador mais bem pago do Mundo. Segundo apurou o JN, deverá auferir cerca de 10 milhões de euros limpos por ano, valor bastante superior ao de Hansi Flick, selecionador da Alemanha, que recebe cerca de 6,5 milhões de euros por ano. Esta não é uma contratação que ficará definida nos próximos dias, uma vez que ainda há vários pormenores a negociar, apesar de estar bem encaminhada.
Resta saber ainda a duração do contrato. A Arábia Saudita vai competir na próxima edição da Taça Asiática, a principal competição de seleções daquele continente, que se inicia em janeiro de 2024. Jorge Jesus poderá ter o primeiro teste nessa altura, comandando uma seleção que já venceu essa prova em três ocasiões (1984, 1988 e 1996). Porém, um dos principais motivos para a contratação do português - para além de ser um técnico de renome e com experiência internacional - assenta na campanha no Mundial 2026. A Arábia Saudita competiu nas últimas duas edições do torneio da FIFA e, face ao elevado investimento que tem feito no futebol, ambiciona ter uma boa prestação.
Depois das contratações de Cristiano Ronaldo (Al Nassr) e Karim Benzema (Al Ittihad), o país quer tornar-se numa das maiores potências do futebol mundial e um bom percurso no Campeonato do Mundo ajudará a esse objetivo.
Depois de ter comandado o Al Hilal em 2018/19, Jorge Jesus prepara-se para regressar à Arábia Saudita. O técnico deverá mesmo abandonar o comando do Fenerbahçe, clube onde esteve durante uma temporada, após ter deixado o Benfica. Seria assim a estreia do treinador em seleções. De recordar que em março de 2022, abriu as portas a esse novo capítulo: "Neste momento vou continuar a trabalhar em clubes. No futuro poderei vir a treinar uma seleção. Porém, há poucas seleções onde tenho hipótese de querer trabalhar".