O defesa direito mexicano, emprestado pelo Ajax ao F. C. Porto até ao final da época, deu uma entrevista ao Porto Canal, revelando como viveu os primeiros dias de dragão ao peito e destacando a exigência dos treinos de Sérgio Conceição e os conselhos que lhe foram dados por antigos jogadores.
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“Estou muito feliz por ter chegado a esta grande equipa. Os mexicanos que estiveram cá falaram-me da grandeza deste clube e o que representa esta camisola. Estou consciente do que venho fazer, estou feliz e vou esforçar-me ao máximo para poder conseguir o que pretendo, que é ganhar títulos e campeonatos. Estou a desfrutar, os primeiros dias foram muito bons, as pessoas do F. C. Porto recebem-te com uma alegria como se te conhecessem há anos. Senti-me em casa, como no México”, afirmou Jorge Sánchez, antes de revelar um pormenor que lhe agradou muito.
“No balneário, a maioria falou-me em espanhol e um pouco de português. Estou a fazer um esforço para aprender o mais rápido possível. Portaram-se muito bem comigo, um dia antes de ser apresentado mandaram-me uma mensagem dando as boas vindas e a dizer que estavam à disposição do que precisasse, em espanhol. Esse detalhe, para mim, foi muito importante”, explicou o defesa direito.
Sánchez foi questionado sobre como viveu os primeiros treinos sob as ordens de Sérgio Conceição e a resposta foi clara: “Vive-se de uma forma distinta, muito competitiva. Todos se matam dentro do campo porque querem jogar. Há uma concorrência positiva e isso ajuda-me a ser melhor dentro e fora do campo. Venho com a maior ilusão e disposição de treinar forte e melhorar o que preciso para, quando for chamado a jogar, estar o melhor possível para mim, para os adeptos e para quem confiou em mim”.
Com o campeonato parado para os compromissos das seleções, o mexicano ainda tem de esperar para se estrear em jogos oficiais e sentir, com os pés na relva, o Estádio do Dragão cheio. “O dia em que assinei foi emocionante. Vesti a camisola e não parava de olhar, gosto das cores vivas e entras no estádio e é incrível, enorme. Antes de vir cá vi alguns jogos e a história e gosto quando colocam os adeptos atrás da baliza, com os cartazes e as bandeiras, matam-se por nós. Enche-me de motivação e estou ansioso que cheguem os primeiros minutos, vou trabalhar bastante até ganhar o meu lugar no F. C. Porto”, prometeu.
“Venho com a melhor disposição de ser um lateral muito competitivo e com profundidade, vou dar a vida por estas cores. Sempre fui assim na minha carreira, tenho muita garra e contagio os outros com a minha adrenalina. Gosto de limpar as jogadas, entregar-me ao máximo em cada jogada. Foi assim que Sánchez se apresentou como futebolista, depois de ter recebido conselhos de antigos dragões como Marchesín ou Layún.
“O Marche disse-me que ia ser feliz por chegar aqui. Ele conhece-me bem e sabe o quanto gosto de trabalhar, aprender e demonstrar em campo que não dou uma bola por perdida. Deu-me referências da equipa, que é muito grande, que a cidade é magnífica e que a exigência é máxima. Venho com a melhor disposição. É um grande amigo e sei que ele vem cá por estes dias e vou revê-lo. O Layún foi meu colega na seleção e no América. Aprendi bastante com ele. Desfrutei muito do vídeo que me mandou porque sei que foi do coração e que quer ver o sucesso de outro mexicano aqui”, finalizou o defesa mexicano.