José Gomes: "A quase totalidade da culpa do que se passou é dos jogadores da seleção"
Diogo Costa e Cristiano Ronaldo deviam ter sido poupados pelo selecionador português, entende José Gomes. Na opinião do treinador do Zamalek, o presente de oportunidades foi só aproveitado por Francisco Conceição. “Que sirva de lição para o futuro”, conclui, a propósito da derrota lusa.
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Como começou?
Faltaram duas alterações para o pleno de mudanças que deveriam ter acontecido. Se começasse no banco, Ronaldo garantiria a recuperação completa para o que aí vem e se Diogo Costa não jogasse daria confiança e um justo prémio a outro guarda-redes. O presente de oportunidades de Martínez, na primeira parte, foi aproveitado só por Francisco Conceição. António Silva esteve desconcentrado e João Félix continua a mostrar que é um extraordinário talento, mas isso não é suficiente e há mínimos a exigir a quem joga pela seleção. Fez-se pouco para ter outro resultado ao intervalo, que não fosse estar a perder por 0-1.
O que mudou?
Rúben Neves rendeu Palhinha no recomeço, o selecionador saberá melhor como estão os jogadores, mas o jogo não pedia isso. A infelicidade de António Silva, com o penálti, fez avolumar o resultado. Gonçalo Ramos ainda rendeu Ronaldo na frente, mudaram os jogadores, mas mantivemos o desnecessário 3x5x2. A seleção não foi capaz de evitar a derrota.
O que fez a diferença?
A grande responsabilidade de Martínez foi não ter dado sinais desde o banco em como era importante mudar o comportamento. A quase totalidade da culpa do que se passou é dos jogadores. A Geórgia deu tudo, com muita vontade de defender as cores da seleção. Independentemente deste jogo não decidir nada, exige-se brio, coragem e respeito pelo próprio desporto. Jogar para tentar vencer. Não foi o que os nossos jogadores fizeram. Que sirva de lição para o futuro. O que se viu foi muito mau.