Filipa Martins é inspiração no Acro Clube da Maia. Segue-se a final em Paris.
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Um salto colocou os olhos dos portugueses em Filipa Martins. Nos Jogos Olímpicos de Paris, o movimento “Yurchenko” com dupla pirueta valeu a presença na final do “all around” de ginástica, prova que consiste num conjunto de movimentos nos aparelhos de saltos, paralelas assimétricas, trave e solo. A ginasta do Acro Clube da Maia já é considerada a melhor ginasta portuguesa de sempre. E o melhor ainda pode estar para vir na grande final, quinta-feira, às 17.15 horas.
Participar nos Jogos Olímpicos implica um trabalho árduo e as lesões sempre foram o principal obstáculo para Filipa. Para ultrapassá-las, foi necessário fazer uma gestão física e apresentar uma singular força mental. “A Filipa tem um foco e resiliência como nunca vi. Não é fácil gerir tantas lesões, mas ela soube dar a volta”, salienta, ao JN, Mariana Pitrez, amiga de Filipa Martins. As ginastas estão nos treinos diariamente e, naturalmente, trocam confidências. Admitindo a dificuldade de ser imparcial, Mariana coloca Filipa no topo da ginástica lusa. “Sem dúvida que já é a melhor de sempre. Deixa um marco na ginástica”, conta. Apesar da amizade, Mariana apenas conseguiu um minuto de conversa com Filipa após a prova olímpica. “Dei-lhe os parabéns, ela agradeceu-me o apoio e disse que está a viver o momento. Foi uma partilha de felicidade”.