Os ingleses são tidos como um dos favoritos a vencer a Liga dos Campeões, pela qualidade do plantel e pelo nível elevado de jogo que exibem. Adivinha-se uma missão muito complicada para o Benfica, nos "quartos" da Champions.
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Uma máquina de fazer golos, que domina a arte do "gegenpressing", uma pressão asfixiante quando o adversário tem a bola em seu poder da qual o seu treinador Jurgen Klopp é fã indefetível, e um autêntico terror nas últimas visitas a Portugal, sobretudo desde que o alemão assumiu o comando da equipa. É este o Liverpool que o Benfica vai encontrar nos quartos-de-final da Liga dos Campeões, que tem no egípcio Mo Salah a sua principal figura.
É difícil encontrar pontos menos fortes (fracos não existem de todo) na equipa inglesa. A baliza é defendida pelo internacional brasileiro Alisson, que deu a segurança necessária a um posto em que o Liverpool se debatia com problemas antes da sua chegada.
Esta época, nos 46 jogos que realizou em todas as competições, os "reds" apenas sofreram 33 golos, mérito de uma ideia de jogo que procura sufocar os adversários sempre que têm a bola na sua posse.
Os laterais, Alexander-Arnold e Andrew Robertson, são como setas em cada flanco, sendo que o internacional inglês está lesionado "para várias semanas" e está em dúvida para a eliminatória com o Benfica. Uma boa notícia para os encarnados, já que o lateral direito é igualmente importante nos lances de bola parada dos ingleses.
No eixo defensivo estará, talvez, o calcanhar de Aquiles deste Liverpool. Ou melhor, no companheiro de Virgil Van Dijk, o patrão da defesa, que tem feito dupla de centrais com Joel Matip na maioria dos jogos. A crescer na sombra dos dois está Ibrahima Konaté, de 22 anos, contratado esta época ao Leipzig por 40 milhões de euros.
A partir daqui, a qualidade, técnica e tática, e, sobretudo, a intensidade sobem para níveis impressionantes. Fabinho e Jordan Henderson formam um autêntico tampão no meio-campo e dão muita qualidade na saída a jogar dos "reds", com Thiago Alcântara e Naby Keita a alternarem entre si a restante vaga no trio do meio-campo.
O ataque é de tirar a respiração. Sadio Mané, Diogo Jota e, sobretudo, Mo Salah são a expressão máxima de um Liverpool que ataca de forma incessante, com uma intensidade impressionante e uma eficácia assinalável. Até hoje, já lá vão 113 golos em todas as competições, o que dá uma média de quase 2,5 por jogo.
O tridente ofensivo dos ingleses parece, em determinadas alturas, imparável, e essa é uma das razões para nomes como Roberto Firmino ou Luiz Díaz, por quem o Liverpool pagou 45 milhões de euros ao F. C. Porto em janeiro, passarem muito tempo no banco.
É por tudo isto que o Liverpool é considerado um dos principais favoritos a vencer, este ano, a Liga dos Campeões, que conquistou pela última vez em 2019. Ainda assim, o Benfica tem boas memórias do último confronto com os ingleses para a Champions. Foi em 2005/2006, época em que as águias se superiorizaram aos "reds", que tinham ganho a prova na temporada anterior, nos oitavos-de-final, e logo com duas vitórias (1-0 em casa e 2-0 fora).
Porém, na última vez que se defrontaram, em 2009/2010, o Liverpool afastou o Benfica dos quartos-de-final da Liga Europa, com um agregado de 5-3 na eliminatória. Nos últimos quatro anos, a equipa inglesa visitou por três vezes o Estádio do Dragão, para a Liga dos Campeões, jogos que venceu, de forma consecutiva, por 5-0, 4-1, e 5-1.
Esta época, e para lá da Champions, o Liverpool é segundo classificado na Premier League, a um ponto de distância do líder Manchester City, e está nos quartos de final da Taça de Inglaterra. Recentemente, venceu a Supertaça inglesa frente ao Chelsea, nas grandes penalidades.