Capitão treme, levanta-se e marca no desempate por penáltis, onde o guarda-redes foi gigante. Portugal avança com alma para os quartos com a França.
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Minuto 105, Cristiano Ronaldo, a bandeira da equipa e de toda uma nação, tem o penálti nos pés, que pode, finalmente, quebrar a resistência eslovena, mas Oblak, com uma defesa tremenda, nega o golo que o capitão tanto procura (e merece) desde o início do torneio. Mais que a chance desperdiçada, a imagem de CR7 em lágrimas, aparentemente derrotado e desolado como nunca se tinha visto, magoa quem idolatra o craque e fica, indiscutivelmente, como uma das imagens fortes deste Europeu.
Animicamente, o golpe foi duro e Portugal parecia que tinha caído ao tapete, mas ainda havia uma segunda parte de um duro prolongamento para jogar. Nesse período, o gigante Pepe escorregou e Sesko só não gelou a nação lusitana, porque Diogo Costa, com uma defesa à andebol, impediu o golo da Eslovénia (115m). Na hora da verdade, no momento da decisão, os monstros Cristiano Ronaldo e Pepe tropeçaram e aí emergiu o mãos de ferro Diogo Costa, que viria a ser o grande herói do jogo ao fechar a baliza, travando três penáltis no desempate das grandes penalidades. Nesse momento decisivo, CR7 não se escondeu e converteu, com êxito, o primeiro castigo. Bruno Fernandes e Bernardo Silva também bateram Oblak. Cumprida a missão, CR7 voltou a chorar e Pepe abraçou-se a Diogo Costa: o momento está na génese do título desta crónica. Não há outra forma. Venha a França!