O jogador português mudou-se para Limassol há cinco meses para viver a primeira experiência fora de Portugal.
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Hoje, Leandro Silva já consegue esboçar um sorriso quando recorda aquele dia tórrido que o apadrinhou em Chipre. Mas a primeira experiência no estrangeiro quase esteve condenada ao fracasso, mesmo antes de começar. "Sou muito chegado à família e quando cá cheguei estavam 38 graus, um calor insuportável. Assustei-me completamente. Os primeiros tempos não foram nada fáceis", recorda o médio português.
Em cinco meses, tudo mudou. Afinal, o Chipre, e Limassol em particular, não são assim tão assustadores. Pelo contrário. "Já me sinto como se estivesse em casa. É um país muito parecido com Portugal e tem sítios incríveis para visitar. Se não fosse a língua, era perfeito", refere Leandro Silva, de 23 anos, ele que conversou com o JN ao som de chuva, mas vestido com... calções. "É raro chover, mas aqui o tempo é um bocado esquisito. Já apanhei chuva torrencial num sítio e três quilómetros depois o céu estava limpo. Agora chove, mas estão mais de 20 graus", conta, entre risos.
As parecenças com Portugal começam à mesa e contagiam o custo de vida - "só o peixe é um bocadinho mais caro". E se o facto de os shoppings "fecharem antes das 20 horas" não transtorna assim tanto os hábitos levados de casa, o mesmo não se pode dizer sobre o que se passa na estrada. "Aqui conduz-se pela direita, mas só me custou na primeira semana. Agora que já estou habituado, e a dificuldade vai ser quando tiver que voltar a conduzir em Portugal", completa.
Passe curto
Nome: Leandro Miguel Pereira Silva
Clube: AEL Limassol
Idade: 23 anos
Posição: médio
A procura de casa com fim à vista
Foram três semanas num hotel até desenrascar uma casa. Agora, Leandro Silva está quase a fazer as malas outra vez. "Como cheguei no verão, estava tudo cheio e os preços eram absurdos. Não consegui a casa que queria, mas agora, como os preços estão mais acessíveis, devo mudar para outra à beira da praia", explica.
Rivalidades levadas à loucura
A fama dos dérbis de Limassol trepa fronteiras e o médio português já sentiu na pele o ambiente que os torna especiais. "Os adeptos aqui são loucos", sentencia. "Vivem o futebol de uma maneira incrível, ainda mais se a equipa estiver bem. Quem diz que há muita rivalidade em Portugal, devia vir ao Chipre", diz, entre risos.