Sarabia, Paulinho e Matheus Nunes marcam os golos de um Sporting mais forte em todos os capítulos. Lenços brancos para Jesus e jogadores no final.
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À campeão. O Sporting venceu o Benfica (1-3), na Luz. Um triunfo justo da melhor equipa em campo e que afasta, em certa medida, as dúvidas que podiam existir sobre a capacidade da equipa de Ruben Amorim em revalidar o título de campeão.
Com mais de 40 mil nas bancadas, o leão amordaçou as águias no plano tático - Ruben Amorim deu banho tático a Jorge Jesus - e foi sempre um conjunto mais ágil na qualidade de processos. Sarabia, Paulinho e Matheus Nunes assinaram os tentos de uma equipa que ainda falhou boas ocasiões.
As águias pareceram sempre perdidas na teia leonina e sem criatividade para atacar a fortaleza contrária. E quando tiveram essa chance não foram suficientemente letais. A equipa teve sempre muito bola, mas nunca soube o que realmente fazer, ao invés do adversário que respirou qualidade e eficácia.
O leão entrou impetuoso, cometeu alguns excessos - dois amarelos no primeiro minuto -, mas revelou total à vontade com o ambiente hostil. Melhor na pressão no meio-campo, coroou a entrada de campeão com um golo, num excelente entendimento entre Pedro Gonçalves e Sarabia.
As águias feridas tentaram aproximar-se da área contrária. Grimaldo incomodou Adán. No entanto, a reação pareceu mais emotiva e decidida no plano individual.
Ao invés, os leões jogaram de peito aberto na Luz e não deram possibilidade às águias de pressionar na saída para o ataque. Além disso, roubaram as bolas com frequência na frente, impediram o avanço do adversário e criaram as melhores oportunidades. Pedro Gonçalves falhou duas e Paulinho chegou mesmo a marcar, embora em fora de jogo.
Jorge Jesus lançou Yaremchuk e os encarnados ameaçaram. O poste negou a sorte a Darwin e João Mário falhou perante Adán.
Na resposta, o leão exemplificou como se faz. Revelou-se mortífero, ampliou a diferença por Paulinho (62) e deu a estocada logo de seguida (68) perante o desespero das bancadas e lenços brancos para Jorge Jesus. Pizzi ainda reduziu, mas o destino estava traçado.
Sinal mais
Pedro Gonçalves acrescenta sempre qualidade às ações e serviu Sarabia no primeiro golo. Matheus Nunes reinou no meio-campo e assistiu Paulinho para o 0-2. Darwin foi um dos mais inconformados.
Sinal menos
André Almeida falhou no alinhamento defensivo e fica ligado aos golos. Lázaro sentiu dificuldades para suster o flanco esquerdo. Joao Mário e Rafa falharam na hora da verdade.
Árbitro
Artur Soares Dias adotou um critério apertado no plano disciplinar e quis segurar o jogo deste o início. Terá arriscado, mas os jogadores não lhe deram outra possibilidade.
Veja o resumo do jogo:
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