Adivinham-se alterações nas regras do futebol, sobretudo no protocolo do VAR. Combater as perdas de tempo é prioridade.
Corpo do artigo
Mesmo que o “International Board” (IFAB), o organismo que toma as decisões sobre as regras do futebol, seja conhecido pelo conservadorismo, os próximos anos podem trazer várias mudanças nas leis do jogo. A maior revolução de todas relaciona-se com a possível criação da “Lei Wenger”, assim denominada por ter sido proposta pelo antigo treinador do Arsenal, que no fundo pretende acabar com os foras de jogo de poucos centímetros, detetados pelo videoárbitro (VAR), que anulam vários golos.
Se for aprovada, a lei fará com que um fora de jogo só possa ser assinalado se o jogador atacante tiver todo o corpo à frente do penúltimo defensor. Neste momento, se o atacante tiver uma parte da chuteira ou o ombro à frente (os braços não contam pois não podem ser utilizados para marcar golos), está em situação irregular.
Em estudo estão, igualmente, alterações ao protocolo do VAR, relacionadas com a possibilidade de os treinadores e as equipas terem uma ou mais hipóteses de pedir a revisão de lances que considerem passíveis de ser revertidos ou assinalados em sentido contrário ao do árbitro.
Mudanças aprovadas
Para já, o IFAB definiu como prioridade o combate às perdas de tempo e ao antijogo, estando já aprovadas medidas que entrarão em vigor na próxima época. Uma das novas regras impede os guarda-redes de terem a bola nas mãos durante mais de oito segundos: caso esse tempo seja excedido, é assinalado um pontapé de canto para o adversário, sendo que até esta época o limite era de seis segundos e dava direito a um livre indireto, algo que, na prática, raramente acontecia. A regra de só o capitão de equipa poder falar com o árbitro, experimentada em 2024/25, revelou bons resultados e vai ter sequência.
O Mundial de Clubes, cuja primeira edição começa daqui a duas semanas nos EUA, trará a novidade de alguns árbitros usarem câmaras corporais, depois de terem sido efetuados testes positivos noutras competições. Segundo a FIFA, o objetivo é “identificar possíveis utilizações futuras e desenvolver normas de qualidade e segurança” e também transmitir em direto pelas televisões determinados momentos dos jogos.