Suíços marcam logo a abrir e aplicam primeira derrota a Portugal na Liga das Nações. Desaire significa perda da liderança do grupo para a Espanha.
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Correu tudo mal a Portugal no fecho da época. Um golo sofrido quando ainda nem um minuto de jogo estava decorrido, uma primeira parte estranhamente apática e uma reação com pólvora seca na segunda ditaram uma derrota que não estava no programa, por tudo o que se tinha visto à seleção lusa nas duas partidas anteriores.
A habitual malapata em solo helvético, onde Fernando Santos já tinha perdido em 2016, repetiu-se e complica as contas portuguesas na corrida ao apuramento para a final-four desta Liga das Nações. A Espanha assumiu o comando do Grupo A2 e Portugal deverá mesmo ter de ganhar nas duas últimas jornadas, em setembro, para se qualificar.
Conforme tinha antecipado, Santos fez várias alterações no onze em relação ao duelo da passada quinta-feira com a República Checa. Com Cristiano Ronaldo já de férias, foram sete as mudanças, da baliza ao ataque, sendo o maior destaque a estreia de Vitinha como titular. O problema é que Portugal entrou muito mal no jogo. A dormir mesmo. E a sonolência inicial foi de tal ordem que o primeiro lance acabou com a bola no fundo das redes de Rui Patrício, sem hipóteses de defender o cabeceamento certeiro de Seferovic. Os suíços não podiam ter melhor tónico para uma seleção que queria limpar a face, uma semana depois dos 4-0 sofridos em Alvalade.
O golo não teve o condão de acordar a equipa das quinas. Longe disso. Numa primeira parte aos repelões, com excesso de bolas em profundidade e muitos passes perdidos, quase não houve lances de registo na área helvética e o fantasma do 2-0 esteve por um fio, num penálti que o VAR reverteu, por falta cometida sobre André Silva no início da jogada, à qual o croata Fran Jovic, sempre muito inclinado a apitar a favor da equipa da casa, tinha feito vista grossa.
O segundo tempo foi bem diferente e Portugal fez por justificar, no mínimo, o empate. Fernando Santos foi refrescando o meio-campo e o ataque, a qualidade do futebol luso melhorou e o golo rondou várias vezes a baliza suíça, mas o estreante guarda-redes Omlin conseguiu sempre negar o 1-1, primeiro a André Silva, depois a Bernardo Silva, a seguir a Gonçalo Guedes, mais tarde a Diogo Jota e ainda a Pepe.
Estava escrito que a seleção lusa ia sair de mãos vazias da Suíça, onde não ganha há mais de três décadas, com a sensação que deixou pontos pelo caminho perante um adversário inferior.