Confirmado o fim da ligação à AJM no final da época, o F. C. Porto estuda a possibilidade de inscrever uma equipa própria na próxima edição da 1.ª Divisão Nacional de voleibol feminino. Caso o cenário se concretize, o número de clubes a participar no campeonato poderá crescer para 16.
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O último fim de semana ficou marcado pela notícia de que o F. C. Porto pondera reativar a secção de voleibol na próxima temporada, tendo já notificado a Academia José Moreira (AJM) de que a parceria que tinha com a academia, desde 2019, na variante feminina, vai cessar no final desta época.
José Moreira, presidente do clube sediado em Santa Maria da Feira, referiu ao JN que a AJM, "à partida, irá continuar como antigamente", pelo que a possível criação de uma equipa própria por parte dos portistas para competir na 1.ª Divisão Nacional feminina já na próxima época pode levar ao alargamento da competição, dos atuais 14 participantes para 16.
"Em cada época desportiva, os clubes existentes ou novos clubes poderão candidatar-se a integrar a 1.ª Divisão, desde que satisfaçam as condições previstas e existam vagas não preenchidas até esse máximo de 16", pode ler-se no regulamento de candidatura à 1.ª Divisão publicado no sítio da Federação Portuguesa de Voleibol.
O documento especifica os requisitos a serem cumpridos pelo F. C. Porto para garantir uma vaga no principal escalão do voleibol feminino português em 2023/2024.
"Os clubes candidatos serão obrigados à apresentação de uma equipa na qual a soma da pontuação de 8 dos seus jogadores atinja no mínimo 100 pontos", revela o regulamento, que explica, ao pormenor, o sistema de pontuação das atletas, que se divide entre jogadoras portuguesas (ou a jogar em Portugal) e jogadoras estrangeiras.
São contas a ter em conta pelos responsáveis portistas na hora de definirem o plantel, sendo que o prazo para submeterem a candidatura fecha a 30 de junho.
No passado fim de semana, José Moreira, presidente da AJM, que tem sede em Nogueira da Regedoura, no concelho de Santa Maria da Feira, confirmou o fim da cooperação entre as duas instituições, por iniciativa portista. "Fizeram-no dentro do prazo, mas não deram qualquer justificação", referiu o dirigente.
A AJM/F. C. Porto continua na corrida pelo título de campeã nacional. Caso o conquiste, "é a AJM que vai estar na próxima Supertaça", garante José Moreira.
No primeiro jogo das meias-finais, disputado no último domingo, as bicampeãs portuguesas venceram o Clube K por 3-0, estando a duas vitórias de distância da final do campeonato.
A restante semifinal da Liga feminina opõe o Leixões ao Sporting. As leoas bateram o emblema de Matosinhos, por 3-1, no arranque da eliminatória.