1.125 milhões de euros! Sim, leu bem. Os clubes da Liga inglesa voltaram superar-se e a pulverizar recordes no que diz respeito ao dinheiro investido em contratações. Gastaram tanto como os clubes italianos e espanhóis, juntos, e quase três vezes mais do que os clubes da Bundesliga alemã.
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Neste século, o futebol espanhol tem dominado. Entre Liga dos Campeões, Liga Europa e Supertaça Europeia, os emblemas espanhóis ganharam 23 troféus, contra seis italianos e cinco ingleses, mas quando a conversa é dinheiro o panorama muda de figura
Em 2006, a Premier League gastou pouco mais de 300 milhões de euros em jogadores, mas a partir daí esse valor foi quase sempre superado, de época para época, com exceções em 2009 e 2010, quando a quantia investida foi de 400 milhões. Cinco anos depois, esse montante quase triplicou.
Clubes que lutam para não descer, como Newcastle, Aston Villa ou Sunderland, investiram 70, 65 e 45 milhões de euros em novos jogadores, respetivamente. Depois, temos o mundo (ainda mais) paralelo onde vivem Manchester City (204 milhões) e Manchester United (140 milhões) e onde chegaram estrelas como De Bruyne (75 milhões, City), Sterling (62,5 milhões, City), Martial (50 milhões, United) Memphis Depay (35 milhões, United) e Pedro Rodríguez (25 milhões, Chelsea).
O segundo campeonato em que mais se investiu foi o italiano. Depois de anos de contenção, clubes como Juventus, AC Milan e Inter de Milão voltaram a abrir os cordões à bolsa. 576 milhões foi a quantia dispendida em terras transalpinas, que resultaram nas contratações de Paulo Dybala (32 milhões, Juventus), Carlos Bacca (30 milhões, AC Milan) e Kandogbia (30 milhões, Inter).
Os clubes espanhóis gastaram qualquer coisa como 571 milhões de euros, sendo que o mais gastador não foi nem o Barcelona nem o Real Madrid. Com o ex-portista, Jackson Martinez à cabeça (35 milhões), o Atlético de Madrid investiu cerca de 140 milhões de euros no reforço do plantel. 35 milhões foi também o que Barcelona e Real Madrid desembolsaram nas contratações de Arda Turan e Kovacic, respetivamente. O Sevilha, vencedor da Liga Europa, gastou "apenas" 35 milhões, menos do que Sunderland, por exemplo.
A Bundesliga continua a basear muito do seu crescimento noutros aspetos que não o dinheiro, apesar da saúde financeira que praticamente todos os clubes vivem. Na Alemanha, gastou-se 411 milhões de euros, sendo que quase 90 milhões tiveram a "assinatura" do Bayern de Munique, que se reforçou, entre outros, com Arturo Vidal (37 milhões, Juventus) e Douglas Costa (30 milhões, Shakthar). O Wolfsburg investiu 36 milhões na contratação de Draxler (ex-Schalke 04).
Contas feitas, os quatro campeonatos mais fortes da Europa gastaram 2.683 milhões de euros em contratações. A crise não é mesmo para todos.
