A seleção nacional de râguebi foi homenageada, esta quinta-feira, por Marcelo Rebelo de Sousa, presidente da República, no Palácio de Belém, em Lisboa. Os "Lobos" conquistaram a primeira vitória de sempre em fases finais de campeonatos do mundo.
Corpo do artigo
Depois da vitória histórica no Mundial de França, frente às Ilhas Fiji, por 24-23, a seleção nacional foi recebida e homenageada, esta quinta-feira, por Marcelo Rebelo de Sousa, presidente da República. Apenas 20 dos 33 jogadores (muitos atletas atuam em clubes franceses e não marcaram presença) estiveram presentes na cerimónia no Palácio de Belém, em Lisboa.
Antes da condecoração, Marcelo Rebelo de Sousa refletiu sobre a evolução da modalidade e as prestações num “inesquecível Campeonato do Mundo”. “Cumprimento toda a equipa todos os que viveram este momento emocionante. Um inesquecível campeonato do mundo. O râguebi era até há 50 anos uma modalidade a que a sociedade portuguesa não estava sensível. Não estamos perante centenas de clubes como em outras modalidades. A nossa equipa era essencialmente amadora”, começou por dizer Marcelo Rebelo de Sousa.
“Com a Geórgia foi um azar. Tiveram a sorte, também faz parte, de empatar aquilo que seria uma vitória nossa. O que é facto é que foi um grande jogo e nós assumimos. Dava para entender que estávamos a subir. Fui ao terceiro jogo com a Austrália. Não empatámos por um triz. Fui ao balneário e disse que ainda faltava o jogo com as Fiji. E ganhámos. Foi um jogo excecional. Aí o mundo do râguebi parou. As pessoas não acreditavam que há amadores na seleção. Vocês são uma grande equipa, com potencial”, completou o presidente da República.
Na comitiva lusa, Carlos Amado da Silva, presidente da Federação Portuguesa de Râguebi, e Tomás Appleton, capitão dos "Lobos", mostraram-se orgulhosos por representar Portugal e esperam uma maior aposta na modalidade.
“Nós com pouco fazemos muito. Deixaram os seus empregos para estar connosco, deixaram de ser uma equipa mediana para ser de topo. Eles têm sempre manifestado grande vontade de continuar. Precisámos de ajuda, material sim, um estádio onde possamos jogar. Sei que é [Marcelo Rebelo de Sousa] mais um lobo, o primeiro de todos", referiu Carlos Amado da Silva.
“É um orgulho enorme poder representar Portugal nos altos palcos. O presidente pôde ver o que se passou em França. O que nos une é a vontade em representar Portugal. O que nos une é esta bandeira e este país. Queremos deixar os portugueses orgulhosos”, explicou o atleta português, de 30 anos.
Com esta prestação no Campeonato do Mundo, em França, a armada lusa ascendeu ao 13.º lugar do ranking mundial de râguebi. Patrice Lagisquet não continuará ao leme dos "Lobos", mas, segundo o presidente Marcelo Rebelo de Sousa, “indicou” o seu sucessor. Apesar de ainda não ser conhecido o nome do novo treinador, certo é que continuará a ser um técnico francês.