Enquanto a palavra de Jesus atrai seguidores no Brasil e o Flamengo ganha cada vez mais balanço - também mediático -, até para lá das fronteiras brasileiras, a legião de crentes convencidos de que não há melhor treinador do que o português tem mais exemplos para fazer peito e atirar à cara dos que ainda não estão convertidos.
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Luís Castro e Pedro Martins também são líderes na Ucrânia e na Grécia, tal como Rui Faria na liga do Catar, Carlos Fangueiro no Luxemburgo e Horácio Gonçalves na liga de Moçambique, enquanto Paulo Sousa vai acumulando protagonismo em França.
Não é por excesso de zelo que Jorge Jesus volta a ter na ribalta quase só para ele, mas o ex-treinador de Braga, Benfica e Sporting não é o único português a merecer as maiores insígnias da competência. Como o Flamengo, também o Shakhtar Donetsk e o Olympiacos somam bons resultados, guiados por Luís Castro e Pedro Martins, respetivamente: na Ucrânia, os "mineiros" somam dez vitórias em dez jornadas e têm uma dezena de pontos de avanço para o vice-líder; na Grécia, o Olympiacos lidera e só perdeu dois pontos (um empate) em 18 possíveis.
Por outro lado, Paulo Sousa e Nuno Espírito Santo também merecem louvores, ao conduzirem o Bordéus e o Wolverhampton, respetivamente, a lugares de destaque: os girondinos são quartos na liga francesa, enquanto os Wolves se moralizaram com um triunfo de prestígio sobre o Manchester City (0-2) e voltam a ameaçar os pesos-pesados da Premier League.
brilho internacional
Nas campanhas de sucesso de Jorge Jesus, Luís Castro e Pedro Martins também há espaço para feitos internacionais. É que se o primeiro está bem colocado para levar o Flamengo à final da Taça dos Libertadores, a maior competição da América do Sul, depois do 1-1 na primeira mão da meia-final, com o Grémio, os outros dois estão a abrilhantar as respetivas estreias na Liga dos Campeões com resultados de prestígio. Luís Castro, aliás, até já tem a primeira vitória da carreira nessa competição, e ao derrotar a Atalanta (1-2) colocou-se em boa posição para chegar aos oitavos de final, enquanto Pedro Martins devolveu o Olympiacos à fase de grupos da Champions, depois de ultrapassar três pré-eliminatórias, e somou o primeiro ponto graças a um empate (2-2) com o Tottenham, o finalista derrotado da edição da época passada.
Villas-Boas, Paulo Fonseca e Abel Ferreira ainda apalpam terreno
Ao fim de três meses de competição, André Villas-Boas, Paulo Fonseca e Abel Ferreira continuam à procura de se imporem nos respetivos clubes, principalmente Villas-Boas, de volta ao ativo após quase dois anos de paragem. No Marselha, o ex-treinador do F. C. Porto começou mal, depois somou três vitórias seguidas e vai no nono lugar, depois de quatro jogos sem ganhar. Já a Roma, de Paulo Fonseca, é quinta na Seria A italiana e acumula uma vitória e um empate na Liga Europa. Nas competições europeias já não está o PAOK, naquele que foi o primeiro revés de Abel Ferreira no clube de Salónica. Na liga, o PAOK já empatou duas vezes e está a dois pontos do líder Olympiacos.
Três treinadores tristes na Arábia Saudita
A liga saudita é um dos campeonatos estrangeiros com mais treinadores portugueses, mas os três não estão com vida fácil. O campeão Al Nassr, de Rui Vitória, é oitavo classificado, à frente do Al Taawon, de Paulo Sérgio (décimo) e do Al Fayha, Jorge Simão (14.º).
Dois treinadores à procura da felicidade na Ásia
Na China e na Coreia do Sul, há dois portugueses na corrida para serem campeões. Na Superliga chinesa, o Shanghai SIPG, de Vítor Pereira, está a três pontos do líder, e na liga coreana, o Jeonbuk Motors, de José Morais, está no playoff que decide o título.