Campeão francês corta com o passado para colocar a equipa acima das estrelas. Chegada do treinador espanhol decisiva.
Corpo do artigo
A custo, o Paris Saint-Germain lá se convenceu de que acumular estrelas, por si só, está longe de ser garantia de sucesso. Foi a mal, e apenas depois de sucessivos fracassos na Liga dos Campeões, mas aconteceu, com Luís Campos e Luis Enrique a operarem a mudança drástica na política de contratações, na construção do plantel, na forma de jogar, na cultura de clube... A revolução começou na época passada, acentuou-se na atual e os resultados, aliados às exibições, indicam melhorias prometedoras. Sim, o PSG continua a gastar balúrdios em reforços e a contar com craques de craveira mundial, porém a causa por detrás desses investimentos é agora outra. “A nova estrela é a equipa”, resume o dono, Nasser Al-Khelaifi.
No papel, o campeão francês nunca terá tido tantas condições para culminar uma suposta supremacia futebolística na Liga dos Campeões como em 2021/22 e 2022/23. Mas o resultado de juntar Kaylor Navas, Donnarumma, Sergio Ramos, Verrati, e principalmente Neymar, Mbappé e Messi foram duas eliminações nos oitavos de final. Dois anos depois, só Donnarumma continua no clube, sendo que a saída de Kylian Mbappé, no final da época passada, fechou definitivamente o ciclo galáctico no Parque dos Príncipes. “Acredito que seremos melhores sem ele”, vaticinou Luis Enrique num documentário, aparentando até um certo alívio com a ida do avançado francês para o Real Madrid, apesar de lhe dedicar todos os elogios possíveis. Só que Mbappé existia num mundo à parte, “defendia pouco e a equipa tinha que se adaptar a ele”. Também era um problema, portanto.