O treinador do Vitória de Guimarães garantiu que a equipa mostrou durante a semana que "está preparada e entusiasmada para a iniciar o campeonato, com vontade de competir". "Vamos defrontar uma equipa com bastante qualidade, isso fará com que o jogo seja rico e interessante de jogar", afirmou Luís Pinto vai estrear-se na Liga no Estádio do Dragão, frente ao F. C. Porto, que viveu uma semana difícil, com a morte de Jorge Costa.
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O técnico aproveitou para abrir a conferência precisamente para endereçar "os sentimentos e as condolências ao F. C. Porto e à família do Jorge Costa", frisando: "Mais importante do que qualquer jogo, a vida humana está acima de tudo e um abraço nesse sentido."
Aos 36 anos, o treinador vai fazer a estreia no principal campeonato nacional. E não escondeu o "orgulho" por chegar ao patamar mais alto, mas desvalorizou o facto. "Obviamente, o sentimento é de entusiasmo e de orgulho Mas, na nossa profissão, acaba por ser o ponto menos importante. O mais importante é o facto de iniciarmos a época, de começar o campeonato e queremos começar da melhor forma. O trabalho de um treinador é colocar o coletivo acima do que é individual. Há um sentimento de orgulho pelo trajeto que está a ser feito, mas tem pouco relevo a importância desse marco. Muito mais importante é o Vitória começar o campeonato amanhã e querer iniciar bem", vincou.
Luís Pinto fez uma avaliação do renovado F. C. Porto, mas insistiu que o mais importante é o que o Vitória poderá fazer no Dragão. "O F. C. Porto é uma equipa que gosta de colocar os jogos numa toada de intensidade alta, que gosta de ter bem presente alguns valores que em Portugal estamos habituados a ver no clube. É uma equipa com qualidade", afirmou o técnico, para logo acrescentar: "Mas com o respeito que temos de ter pelo F. C. Porto, o que há de mais importante é aquilo que Vitória tem de fazer e aquilo que o Vitória quer ver presente dentro de campo. É nisso que temos de estar focados. Seja neste jogo com o F. C. Porto, ou noutro jogo qualquer, o nosso adversário vai ter valias. E já sabemos que neste vamos ter bastantes. Temos de estar muito focados naquilo que temos de ser e que queremos ser dentro de campo".
O treinador comentou ainda o plantel que tem à disposição e possibilidade de haver mais entradas e saídas, já que o mercado só fecha no início de setembro. "Começar o campeonato com o mercado aberto tem as suas questões menos positivas e não vamos andar a esconder isso. E é óbvio que, enquanto treinador, gostaria muito de poder contar com todos os jogadores que tenho à disposição até ao final. Mas também sei que estando o mercado aberto não vale a pena estar muito preocupado com isso. Temos, sim, de estar muito focados no nosso dia a dia para conseguir amenizar qualquer situação menos positiva que aconteça pelo mercado estar em aberto. Temos de nos focar muito naquilo que temos de fazer no presente. Os jogadores que temos no presente são os que interessam e é dessa forma que tenho de gerir este início do campeonato", sublinhou.
Entre os jogadores com mercado estão alguns pilares do plantel, como Borevkovic, Tomás Handel e Tiago Silva, mas o treinador continua, para já, concentrado no que tem à disposição. "Tenho noção da qualidade que temos dentro de portas, mas tenho noção que o mercado está em aberto. Aconteça o que acontecer neste mercado, vamos estar sempre prontos para dar uma resposta e preparados para encontrar soluções dentro daquilo que temos", salientou.
Luís Pinto comentou ainda a situação de Alioune Ndoye, o último reforço a chegar, mas não abriu o jogo sobre se estará no jogo do Dragão. "Tem evoluído bastante bem e tem conseguido uma integração muito natural dentro do plantel. É óbvio que está a perceber as nossas dinâmicas de trabalho e intenções para o nosso jogo. Está perfeitamente disponível para poder contribuir com o melhor que sabe fazer. Vamos ver o que o dia de amanhã reserva", adiantou.
O treinador voltou a insistir que o mais importante no confronto do Dragão, para lá do respeito pelo adversário, é ver como o Vitória se comporta num teste exigente. "Tem a ver com a identidade que queremos ser ao longo da época, com o que queremos ser enquanto grupo. Tudo o que seja nosso, tem uma força maior e acredito muito que a identidade tem de estar presente. Queremos disputar todos os lances para ganhar e todos os jogos para vencer", vincou. "O respeito tem de estar presente para com o nosso adversário, mas muito presente para com o clube que representamos. A humildade tem de estar presente em todos os lances do jogo e, se tivermos a capacidade de sermos humildes, de ser rigorosos, mas, ao mesmo tempo, de sermos corajosos e ambiciosos na vontade de conquistar os três pontos, acredito que podemos ter do nosso lado uma identidade muito forte, à imagem do nosso clube. Queremos colocar o jogo numa intensidade que nos interessa. Reconhecemos as maiores valências do nosso adversário e sabemos os pontos a explorar. Temos de nos agarrar muito ao que representa o Vitória como clube e passar esses valores para dentro do campo", concluiu.