Luuk de Jong: da pura alegria da apresentação à tristeza pelo adeus a Jorge Costa
O ponta de lança contratado pelo F. C. Porto deu uma entrevista ao jornal neerlandês "AD" onde abordou a importância do telefone de Francesco Farioli para decidir rumar à Invicta, bem como dos dias negros vividos, esta semana, devido ao falecimento do antigo capitão de equipa e diretor para o futebol profissional.
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Luuk de Jong foi a grande surpresa na apresentação do F. C. Porto 2025/26 aos adeptos, tendo subido ao relvado do Estádio do Dragão, onde vai iniciar "mais uma grande aventura", cujo arranque oficial foi adiado pelo trágico falecimento de Jorge Costa.
"Na altura [jogo de apresentação], foi pura alegria, mas três dias depois estava no mesmo local, ao lado do caixão. Passámos pelo estádio para prestar a última homenagem e fomos ao funeral. Foi muito intenso e triste. Ele era um ídolo do clube, com apenas 53 anos, e sentiu-se mal enquanto trabalhava no nosso centro de treinos. Foi um momento marcante para todos nós. Devíamos começar o campeonato este sábado, em casa, contra o V. Guimarães, mas o jogo foi adiado para segunda-feira à noite", recordou o internacional pelos Países Baixos, antes de explicar a razão pela qual escolheu o F. C. Porto para continuar a carreira.
"Procurava mais uma grande aventura. Um regresso, espero eu, à vida de que tanto desfrutei quando joguei pelo Barcelona e pelo Sevilha. Fui para o Sevilha com 29 anos, embora, na época anterior, tivesse praticamente fechado a ida para o Bordéus. O negócio caiu no último minuto. Desta vez, quis viver a experiência de ser jogador livre no verão, pela primeira vez na minha carreira, e ver que desafios isso traria, especialmente na minha idade", detalhou, antes de reconhecer a importância do telefonema que recebeu de Francesco Farioli, novo treinador dos dragões.
"Ele disse-me que, tal como no Ajax, também no F. C. Porto tinha um plantel jovem e precisava de líderes. Falou-me da importância de criar um ambiente de família fora de campo, organizando saídas e momentos de convívio. Gostei da abordagem. Disse ainda que, na época passada, o fiz chorar quando ganhei o campeonato com o PSV e que queria ser feliz comigo esta temporada", revelou, admitindo ter rejeitado propostas de clubes dos Estados Unidos da América.
No F. C. Porto, De Jong vai ter a concorrência de Samu, o melhor marcador da equipa na temporada passada, com o neerlandês a assumir que está pronto para ser titular ou suplente e que isso não será um drama: "Se jogar [os primeiros] 60 minutos ao máximo ou 30' a partir do banco, não é problema. Nesta fase da carreira, sei adaptar-me".