Jim Ratcliffe, magnata do petróleo, comprou, em fevereiro, 27,7% do Manchester United, com o objetivo de fazer o clube voltar aos tempos de glória, o que nunca mais aconteceu desde a saída de Alex Ferguson. Ao nível de gestão, está em curso uma mudança radical, mas o caminho tem sido tortuoso e (ainda) sem resultados.
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A aposta em Ruben Amorim e em outros nomes fortes da estrutura (ver nomes em baixo) serão a base de uma futura equipa de futebol “ao nível do Real Madrid”, mas que o próprio Radcliffe admite que não vai nascer de um dia para o outro. “Vou precisar de dois ou três mercados de verão para tornar a equipa competitiva. Estamos apenas nos primeiros quilómetros de uma maratona e estamos a contratar os melhores dos melhores para todos os cargos”, sublinha. A meta de remodelação passará, também, pela demolição do mítico Estádio Old Trafford, com poucas condições para o futebol atual, para dar asas a um anfiteatro de luxo, a que o próprio já chama de “Wembley do Norte de Inglaterra”, com capacidade para mais de 100 mil pessoas.
Para cumprir os objetivos, o empresário, nascido nos arredores de Manchester e adepto do clube desde criança, traçou um plano rigoroso de poupança. Despediu 250 pessoas, proibiu o teletrabalho e, alegadamente, pediu aos atuais funcionários para trazerem comida de casa, tirando, também, privilégios, como o uso de cartões de créditos e viagens. Além disso, um episódio entrou diretamente no anedotário britânico: no quadro de redução de custos, os dirigentes do Man. United pediram, há uma semana, boleia ao rival Man. City, no jato privado, para transportarem Garnacho e Mainoo até Paris, onde decorreu a festa da Bola de Ouro. O pedido foi rejeitado e o Man. United ridiculalizado.