
Jorge Teixeira, da Runporto, acredita que prova tem margem para continuar a crescer
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Com 12.500 atletas de 86 países, mais de metade estrangeiros, a 21.ª edição da prova, que se realiza este domingo, reforça o estatuto internacional da corrida e transforma a cidade num palco global do turismo desportivo
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A 21.ª edição da Maratona do Porto, que estará na estrada este domingo, vincou, este ano, o seu estatuto de prova de referência com um recorde de lotação esgotada, conseguido apenas algumas semanas após a abertura das inscrições. No total, serão 12.500 os atletas, a maioria estrangeiros, que vão percorrer um trajeto entre o Porto e Matosinhos, nas diferentes categorias da prova, incluindo uma caminhada de seis quilómetros, sem fins competitivos, cujas inscrições continuam abertas.
"Temos feito um trabalho muito forte de promoção internacional e os resultados estão à vista. Mais de metade dos atletas são estrangeiros, vindos de 86 países diferentes", afirmou ao JN Jorge Teixeira, diretor da Runporto, entidade organizadora. "A Maratona do Porto é uma referência no calendário mundial e um cartão de visita extraordinário para a cidade. Agora, só falta que o tempo ajude, para podermos ter boas marcas", acrescentou.
O percurso mantém o traçado do último ano, com partida junto ao Sea Life, na Via do Castelo do Queijo, e chegada no Queimódromo, passando por Matosinhos e Leça da Palmeira, mas sem travessia do Douro devido às obras da nova Ponte D. Antónia Ferreira. Dos 12.500 participantes, 7500 competem na distância principal (42,195 quilómetros), enquanto os restantes integram a corrida solidária de 10 quilómetros, além da caminhada de seis quilómetros, sem fins competitivos.
Com 51% de atletas estrangeiros, a Maratona do Porto reflete o crescimento do turismo desportivo e o prestígio que a prova tem ganho ao longo dos anos. Entre os favoritos estão o etíope Yohans Tadesse e a queniana Betty Jepleting, candidatos a bater os recordes da prova: 2h08m58s, do queniano Zablon Chumba (2021), e 2h26m58s, da queniana Monica Jepkoech (2017).
O evento, chancelado pela World Athletics, é também uma montra internacional para a cidade e para o país. "Portugal está na moda e o Porto continua a atrair quem procura experiências únicas de corrida e turismo", sublinha Jorge Teixeira, destacando o impacto económico da prova e a importância do envolvimento da população.
O responsável acredita que a Maratona do Porto tem ainda potencial de crescimento, e lembrando que a primeira edição da prova, há pouco mais de 20 anos, teve 321 inscritos e agora já conseguiu 12.500, vê condições para que os recordes continuem a ser batidos.
"Sinto que temos margem para crescer. Com mais algum investimento, tenho a ideia de que será possível chegar aos 25/30 mil participantes dentro de alguns anos. O importante é manter este nível de qualidade que as nossas provas, nomeadamente a Maratona do Porto, tem proporcionas aos participantes", salientou o líder da Runporto
Jorge Texeiria antecipou ainda um fim de ano igualmente forte, com a tradicional São Silvestre do Porto, marcada para dezembro, que deverá reunir cerca de 15 mil atletas e contará novamente com a participação da fundista Mariana Machado.
