Marcelo não comenta recusa de convite em 2017 para evitar comparações com Costa
Marcelo Rebelo de Sousa escusou-se, esta terça-feira, a comentar porque recusou, em 2017, integrar a comissão de honra de António Salvador, presidente do S. C. Braga, por considerar que podem ser feitas comparações com o apoio dado pelo primeiro-ministro à candidatura de Luís Filipe Vieira à presidência do Benfica.
Corpo do artigo
"Eu não tenho mais nada a dizer do que aquilo que já disse. E, portanto, sobre essa matéria, não tenho nada a acrescentar relativamente ao que disse. Soube como soube, na circunstância que soube, pela comunicação social, e, portanto, não tenho nada a comentar sobre esta realidade, sobre o que já disse", afirmou o presidente da República, quando questionado pelos jornalistas sobre se já tinha falado com António Costa sobre esta matéria.
12716321
12717509
Questionado sobre quais as razões que o levaram a recusar integrar, em 2017, a comissão de honra do presidente do S. C. Braga, Marcelo Rebelo de Sousa recusou comentar a decisão, temendo comparações com o caso de António Costa.
"Não tenho nada a dizer, porque tudo o que eu dissesse seria uma forma indireta de me pronunciar sobre a questão sobre a qual não me quero pronunciar, porque tudo o que eu dissesse seria utilizado para, num sentido ou noutro, fazer comparações ou estabelecer diferenças. Ora, a minha é precisamente não me pronunciar sobre a matéria", afirmou.
12718066
O site "Observador" avançou na segunda-feira que o convite ao presidente da República surgiu quando este já ocupava o cargo, tendo na ocasião justificado que não podia aceitar devido ao cargo que ocupava. Em 2013, quando ainda era comentador político, Marcelo Rebelo de Sousa tinha integrado a comissão de honra da candidatura de António Salvador.
No domingo, o presidente da República tinha já recusado comentar o apoio dado pelo primeiro-ministro, António Costa, à candidatura de Luís Filipe Vieira à presidência do Benfica, alegando que ainda não tinha falado com o primeiro-ministro.
12718075
À margem de uma visita ao lar de Martim Longo, no concelho de Alcoutim, e perante a insistência dos jornalistas para comentar o que faria, num caso hipotético, se o próprio Marcelo Rebelo de Sousa quisesse apoiar alguém à presidência do seu clube, o chefe de Estado voltou a responder que "não queria comentar nada".
Já na segunda-feira, António Costa voltou a defender que o seu apoio à recandidatura do presidente do Benfica "rigorosamente nada" tem a ver com a sua vida política ou funções.