A tenista russa Maria Sharapova, antiga líder do ranking mundial e detentora de cinco títulos do Grand Slam, anunciou esta quarta-feira o final da carreira, através de um artigo publicado nas revistas Vogue e Vanity Fair.
Corpo do artigo
"Ténis - digo-te adeus", escreveu a russa, de 32 anos, num longo artigo em que se despede da modalidade, lembrando os 28 anos de prática da modalidade, em que conquistou cinco Grand Slams, dois dos quais em Roland Garros.
Sharapova, que chegou a número um do ténis mundial, venceu em Wimbledon (2004), Estados Unidos (2006), Austrália (2008) e França (2012 e 2014).
"Ao olhar para trás, entendo que o ténis foi a minha montanha. O meu caminho, com vales e desvios, mas as paisagens no topo eram incríveis. Depois de 28 anos e cinco títulos do Grand Slam, estou pronta para escalar outra montanha", disse a tenista.
1232651730812272641
1232652392379879424
Sharapova lembrou os primeiros passos no ténis, com quatro anos, em Sochi, e o caminho que a levou, aos seis, juntamente com o pai, até a Florida, e à conquista do primeiro título num "major", com 17 anos, em Wimbledon.
Nos últimos anos, a russa caiu até ao 373.º lugar no ranking da WTA, depois de várias derrotas consecutivas nas rondas iniciais, no Open da Austrália e em Brisbane, já este ano, e no Open dos Estados Unidos, o último torneio em 2019.
Na era Open, Sharapova é uma das seis tenistas que venceu os quatro torneios do Grand Slam, deixando a norte-americana Serena Williams como a única ainda em atividade.
O momento mais negativo na carreira da russa foi o caso de doping em 2016, devido à utilização de meldonium, substância proibida em janeiro desse ano e que a tenista tomava desde 2006, tendo alegado desconhecimento da alteração do estatuto. Sharapova foi suspensa inicialmente por dois anos, castigo que foi posteriormente atenuado para 15 meses pelo Tribunal Arbitral do Desporto.