O presidente da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) revelou, esta sexta-feira, estar de acordo com a reprovação do alargamento sem descidas de divisão e abriu a porta à renegociação da "Liguilha" com os clubes.
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Insistindo no facto de "discordar frontalmente" com a fórmula aprovada em Assembleia-Geral (AG) da Liga, na segunda-feira, Mário Figueiredo convocou uma conferência de imprensa para afirmar que os clubes deverão repensar a sua posição, mas também para contestar o presidente da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), Fernando Gomes.
Não devia trazer o assunto para a praça pública enquanto estamos em processo de discussão do contrato a celebrar entre os dois organismos", disse o dirigente.
Mário Figueiredo, que na quinta-feira abandonou a AG da FPF (da qual é "vice" por inerência) alegando a existência de "uma agenda escondida", ressalvou que, "desde 6 de março, por ofício federativo, que os assuntos relacionados com o contrato estão em debate, razão pela qual não se devia falar destes assunto em público".
Defendendo o debate interno, revelou ainda que, também na quinta-feira, a LPFP respondeu à FPF, "sugerindo reuniões e definições para o contrato ser celebrado".
No mesmo dia, a Assembleia-Geral da FPF, com 18 dos 29 sócios ordinários presentes, vetou a proposta apresentada e votada favoravelmente pelos clubes, que engloba a fórmula de ausência de despromoções, no final da presente temporada, que venceu à tangente.
Sempre a sublinhar não ser adepto da fórmula proposta pelos clubes, Mário Figueiredo apontou, no entanto, as suas críticas a Fernando Gomes, exemplificando com momentos do período em que renunciou ao cargo na Liga para se candidatar à presidência da FPF.
Um dos exemplos apontados foi a aprovação dos regulamentos para a criação das equipas B: "Estou de acordo, mas se é de princípios que falamos...".
"Por esse regulamento, que foi uma proposta de Fernando Gomes, o Marítimo B ficou a saber que não desceria de divisão. Pelo contrário, iria subir à Liga de Honra", recordou Mário Figueiredo, que era, à data, o representante do clube insular junto da Liga.
O presidente do organismo que organiza as competições profissionais considerou, a esse propósito, que Fernando Gomes "pensava de uma maneira quando estava na cadeira da Liga e, agora, pensa de outra na cadeira da Federação".
A propósito das ameaças de renúncia da maior parte dos emblemas que anunciaram a sua intenção em avançar com equipas B, o presidente da Liga recordou que "o mecanismo que contestaram não foi aprovado".
Mário Figueiredo reclama agora "recato e serenidade" em todo o processo de renegociação do contrato a celebrar entre a Liga e a Federação, o qual incumbirá o organismo a que presidente da organização dos campeonatos profissionais.