O treinador do F. C. Porto, Martín Anselmi, reagiu, esta quinta-feira, às críticas de que tem sido alvo devido aos maus resultados dos dragões e garante estar comprometido “a 1000%” com o projeto. “Faltou competitividade” na derrota frente ao Estrela da Amadora.
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O técnico argentino começou a antevisão do encontro de sexta-feira com o Moreirense com uma palavra para Cristiano Bacci, técnico dos minhotos, que está a recuperar de uma pneumonia.
“Antes de mais, desejar as melhoras ao treinador do adversário, que corra tudo bem. Depois do fim do jogo, temos de nos preparar ao máximo para ir buscar os três pontos nos três últimos jogos. Não podemos relaxar, porque devemos esse compromisso aos nossos adeptos”, afirmou.
A contestação tem subido de tom e, ao mesmo tempo, Anselmi foi colocado como possibilidade para assumir o comando técnico do Boca Juniors, da Argentina, mas o treinador garantiu que o futuro passa pela cidade Invicta.
“Sou claro neste tipo de rumores, em qualquer rumor. Estou 1000% comprometido. Quero continuar no F. C. Porto até 2027, no mínimo. Estou muito comprometido com a instituição, tenho muita esperança no que podemos construir e conseguir. Sou um lutador. O meu compromisso com o F. C. Porto é máximo e nem sequer ouço os rumores e muito menos os alimento”, assumiu.
"Ambiente é excecional"
“Com a crítica não lido muito, porque tento abstrair-me do ruído. Temos muito para fazer. Os adeptos manifestaram o descontentamento e tem todo o direito a fazê-lo, mas amanhã vão estar no estádio e vão apoiar. Ganhar é o mais importante e não se consegue descansar o adepto sem competitividade. Quanto melhor competires, mais perto estás de ganhar. Quando não o conseguimos, surgem as críticas e é natural porque o adepto apoia quando não ganhamos, mas competimos bem. No último faltou um pouco de competitividade e isso não pode acontecer”, acrescentou.
Questionado sobre o facto de quando assumiu o cargo o F. C. Porto estar em igualdade pontual com o Benfica e agora ver as águias com mais 13 pontos, Anselmi preferiu não dar uma resposta direta para “não dar 10 títulos aos jornais”, mas mostrou-se disponível para falar com os adeptos.
“Se quiserem, junto-me aos adeptos e explico. Mas, se explicar aqui, dou dez títulos de desculpas aos jornais. Não sou eu que tenho de explicar aos adeptos através de vocês para fazerem títulos e não quero entrar nesse jogo. Há processo, mudança de ideias, paixão, resultados, venda de jogadores. Muitas coisas que poderia enumerar. Gosto de entender o porquê, e em relação a tudo. Quando se entende o porquê das coisas é como quando não fazemos algo por fazer. Gosto de perceber como funciona a máquina, não apenas apertar um botão. Errar acontece, mas não é permitido não perceber porque errámos”, sustentou.
Garantindo que o ambiente no balneário está “excecional” e que a relação com Andoni Zubizarreta, diretor desportivo, é boa, Anselmi voltou a garantir que o objetivo é ganhar os últimos três jogos do campeonato e fechar bem a época para que o início de 2025/26 seja melhor, antes de abordar o rendimento de Rodrigo Mora, não esquecendo o resto da equipa.
“Já expliquei a questão. Há um trabalho de trás que não é apenas do Rodrigo, é da equipa. Vivemos dos resultados, os golos são o resultado, tem impacto. Para que o Rodrigo com o seu talento, a magia, resolva da maneira que resolve também há outros elementos que defendem, que correm, que pressionam... Podemos falar do rendimento, mas há uma questão mais ampla”, referiu.