Martínez sobre Ronaldo: "Marcar 900 golos não é fácil. É uma inspiração para gerações"

Questionado se Cristiano Ronaldo poderá chegar ao marco dos 1000 golos, Roberto Martínez, selecionador nacional, elogiou a fasquia, mas lembrou que para ele o mais importante é a exibição no cômputo geral e não somente os golos.

"Marcar 900 golos não é fácil. É um feito histórico, incrível, uma inspiração para gerações, para o futebol. Para mim como selecionador, o importante é o porquê de ter marcado. Foi o desempenho que foi muito bom, cheio de inteligência. Marcou um golo, foi importante, mas é o presente que importa, e o presente é o desempenho que ele teve durante o jogo contra a Croácia. Foi muito importante para abrir espaços e ganhar", referiu, acrescentando, no entanto, que não vê como impossível a tarefa: "Ninguém pode dizer que o Cristiano não pode fazer alguma coisa. É incrível o que está a fazer no futebol, mas para nós o objetivo é coletivo. Não é só golos, para mim as assistências também são importantes, sel ele conseguir fazer fico contente", atirou.

Este domingo, o ambiente na família de Roberto Martínez vai ser especial. A parte da família da mulher é escocesa e irá viver este desafio com um duplo sentimento. O técnico espanhol, bem-humorado, desvalorizou a situação. 

"A mulher não é o problema, são os sogros. Ja tive essa experiêcia, mas agora é fácil, duas seleções podem ficar apuradas. Agradeço o formato da Liga das Nações, pois assim posso ter os sogros contentes e ganhar o jogo também", comentou.

Vitinha é ausência confirmada e uma das dúvidas que paira no ar é quem será o eleito a ocupar este vazio que surge no meio-campo. O selecionador nacional foi prudente e recordou que há muitas alternativas. 

"O João Neves entrou na segunda parte, mas o Palhinha foi muito importante com a França. Temos opções. Podemos utilizar o Bernardo, o Bruno. Com a nossa flexibilidade podemos mudar jogadores em função do que precisamos do jogo. Hoje não posso falar do onze inicial, é o segundo treino, temos de avaliar e a decisão é em relação à forma que os jogadores apresentam para ter uma equipa equilibrada amanhã", mencionou.

Roberto Martínez assumiu, ainda, que face ao calendário poderão existir algumas trocas no onze para o duelo frente aos escoceses.

"Podemos. Dois jogos em 72 horas, precisamos de proteger os jogadores e repartir os esforços. A experiência na Liga das Nações, entre mim e a minha equipa técnica, espero que possa ajudar os jogadores. A Escócia é uma equipa intensa, com ataques rápidos e então precisamos de escolher e proteger os nossos jogadores", assegurou. 

Ainda dentro das escolhas para o duelo contra a Escócia, Roberto Martínez falou sobre os estreantes nas convocatórias da seleção das quinas, não referiu se irão jogar, mas confessou que a gestão para este tipo de desafios "é muito importante".

"A idade não é um critério. Posso dizer agora que o Quenda, Tiago e Veiga vão estar no banco de suplentes. Depois minutos ou não, há muitas decisões relativamente ao jogo, ao que está a acontecer. Temos dois jogadores na mesma posição. Há muitos aspetos a considerar. Mostrou durante os treinos que está preparado para jogar na seleção", reagiu. 

Perto do fecho, Roberto Martínez disse não ter visto fadiga em António Silva e considerou que este teve "um bom desempenho" na vitória diante os croatas. "Acreditamos totalmente no seu talento e na capacidade de utilizar esse período para melhorar e acho que está preparado", esclareceu.