Mateus Costa joga no Maia Lidador, equipa da Divisão de Elite (A.F. Porto), e fez três golos no histórico triunfo dos maiatos contra o Infesta (11-0). Avançado jogou, entre outros clubes, no Boavista e no Nacional.
Corpo do artigo
Conhecido apenas como Mateus no universo futebolístico, foi um de três jogadores dos maiatos que apontaram um hat-trick no encontro com o Infesta. Este facto é encarado como natural pelo avançado angolano que fez mais de 50 golos no principal escalão do futebol português.
"Vínhamos de um resultado negativo e queríamos dar uma resposta. O jogo começou de feição e, à medida que íamos marcando, o adversário foi desmotivando-se e nós fomos sérios até ao apito final", considera Mateus, que destaca o primeiro golo como o melhor devido à "jogada coletiva fantástica". Esta passou a ser a maior goleada da temporada na Divisão de Elite.
O extremo, que agora se transformou em ponta de lança, passou a maior parte da carreira no futebol profissional português, em clubes como Boavista, Nacional ou Gil Vicente - ficou ligado ao célebre "Caso Mateus", que ditou a descida de divisão dos gilistas na secretária, revertida após longo processo judicial - , e ficou admirado com a realidade do futebol distrital, onde chegou esta época para representar o Maia Lidador. "Não conhecia o futebol distrital antes desta temporada e fiquei admirado. Achei que era malta que só se queria divertir, mas encontrei bons jogadores, que se empenham muito e se cuidam. A maior dificuldade foi a adaptação aos relvados sintéticos", partilha o atacante, de 39 anos, ao JN.
Em 2022/23, Mateus jogou na União de Leiria, na Liga 3, mas divergências com o clube colocaram o jogador na porta de saída. Apareceu o convite para manter a forma no Maia Lidador e o avançado gostou tanto que decidiu ficar. No entanto, não nega o desejo de voltar aos campeonatos nacionais e mantém a ambição de conquistar troféus, apesar da condição de veterano, e espera consegui-lo no atual quarto classificado da Série 1, da Divisão de Elite. Até ao momento, o camisola 9 leva 10 golos, em 12 jogos.
Quanto às equipas que mais o marcaram em Portugal, o avançado angolano destacou o Boavista e o Nacional. "Ambos os clubes ficaram no meu coração. Continuo a seguir todos os jogos e sofro quando perdem, até porque o carinho que os adeptos me continuam a transmitir é fantástico", assinala.
Em relação ao futuro, Mateus admite que já pensa no pós-carreira de jogador de futebol, mas não adianta qual será o caminho a tomar, até porque, como fez questão de lembrar, "o segredo é a alma do negócio".
