França de olho em segunda final consecutiva, contra Marrocos que ambiciona aproveitar oportunidade única
Corpo do artigo
As palavras saíram da boca de Walid Regragui, selecionador de Marrocos, quando confrontado com o facto da equipa africana já ter entrado para a história, aconteça o que acontecer hoje, contra a França: "É essa mentalidade que temos de mudar. A cada jogo dizem que vamos ser eliminados e ainda estamos cá. Mas queremos ir à final e ganhar este mundial. Talvez nunca mais tenhamos uma oportunidade como esta". É com este estado de espírito que Marrocos vai a jogo, num duelo em que os "bleus" vão procurar dar mais um passo para conservar o troféu que venceram em 2018, na Rússia. Mas para isso terão de evitar ficar presos na mesma teia que travou Bélgica, Espanha e Portugal.
Apontados como favoritos, os gauleses nunca perderam contra Marrocos (três vitórias e dois empates) e na última vez que se defrontaram (há 15 anos), o duelo chegou ao fim com um empate (2-2). Mas não faltam desafios e o primeiro será contrariar uma defesa que não sofreu golos contra Croácia (0-0), Bélgica (2-0), Espanha (0-0, 3-0 nos penáltis) e Portugal (1-0). "Vamos tentar encontrar a solução [para marcar a Marrocos]", garantiu o selecionador francês, Didier Deschamps.
Para Mbappé, uma vitória será o alcançar de uma segunda final consecutiva e a possibilidade da França conquistar o título pela terceira vez - segundo de forma consecutiva, algo que só Itália (1934 e 1938) e Brasil (1958 e 1962) conseguiram. Quem chegar à final vai lutar pelos 39,3 milhões de euros destinados ao campeão pela FIFA - o "vice" amealhará 28,3 milhões.
Mobilizados 10 mil agentes
O ministro do Interior, Gérald Darmanin, anunciou a mobilização de 10 mil agentes para garantir a segurança da meia final França-Marrocos. Só em Paris são 5 mil os agentes que deverão posicionar-se nos locais de concentração de adeptos. A presidente de Câmara, Jeanne d"Hautessere, viu rejeitado o pedido para fechar os Campos-Elísios.
...