Quinze jogos sem perder e nove vitórias numa penada. Desde os tempos gloriosos de Sir Alex Ferguson que não se via um Manchester United assim. Depois das apostas falhadas em David Moyes e Louis Van Gaal, os "red devils" reavivam sensações antigas pela mão de José Mourinho, o mesmo que, não há muito, se via e desejava para ganhar um joguinho que fosse.
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3 de novembro de 2016. Nesse dia, o United perdeu no campo do Fenerbahçe, naquela que foi a sexta derrota da época. Os ares não eram os mais respiráveis na parte vermelha de Manchester, mas Istambul, na Turquia, foi também o ponto de embraiagem para uma série de resultados há muito afastada de Old Trafford.
Desde aí, só três empates, todos para a Premier League (Arsenal, West Ham e Everton), mancham o pecúlio triunfal do gigante inglês, alavancado por evoluções táticas, mudanças de protagonistas e consequente melhoria na qualidade de jogo. De resto, são 12 vitórias, nove delas sem qualquer percalço pelo meio. Registo parecido só em fevereiro de 2009, quando a voracidade do United comeu 11 triunfos consecutivos. Já para encontrar 15 encontros sem mostras de derrotas em todas as competições é preciso recuar até março de 2013. Nos dois casos, emerge a sombra de Sir Alex Ferguson, o treinador mais vitorioso da história do clube.
Esse estado de graça é posto à prova amanhã à tarde (16 horas), em Old Trafford, palco do duelo número 197 do maior clássico do futebol inglês. O Liverpool, que ainda não ganhou desde a viragem do ano, mas tem cinco pontos de avanço sobre o rival, é dono do segundo lugar da classificação e volta a sonhar com o fim da seca de títulos que atormenta os "reds" desde 1990.
E se um triunfo aproxima o Manchester United dos primeiros lugares, uma derrota faz mais mossa do que apenas abalar o momento. A dez pontos do líder, mas com quatro adversários entre o atual sexto lugar e o topo, a equipa de José Mourinho tem oportunidade de ouro para se chegar a um adversário direto e assustar a concorrência na luta pelo top 4, garantia de apuramento para a Liga dos Campeões.
Na fase da tormenta, "os red devils" chegaram a estar a nove pontos do quinto lugar. Agora estão só a dois e, como diz o outro, ainda "há muita pedra para partir".