Criação do escalão sub-13 foi o primeiro passo dado pelo clube vimaranense. Aposta é para reforçar.
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Projeto inovador na vila e no Desportivo de Ronfe, o futebol feminino tem margem para crescer. Os primeiros passos foram dados com a constituição de uma equipa sub-13 e, em poucos meses, o talento existente tem despertado atenções. Mariana tem sido presença assídua nos trabalhos da seleção distrital da A.F. Braga, enquanto as jovens Bárbara e Mafalda também já se mostraram aos responsáveis da associação minhota e permanecem referenciadas.
O presidente António Vaz revela orgulho pelo passo dado pelo emblema minhoto. “A criação da equipa feminina é uma ideia do passado. Já tínhamos as condições físicas, mas este ano apareceram mais meninas e ficaram reunidas as condições para avançar com uma equipa. Aproveito para deixar um agradecimento a todas as pessoas que estão envolvidas no futebol feminino”, começou por dizer. “O futebol feminino é uma montra para o clube. Temos tido muita adesão dos pais e adeptos que gostam de ver as meninas a jogar. O clube e a vila ganharam vida com este passo”, acrescentou.
A criação de novos escalões de formação é o próximo passo. “Esta aposta só faz sentido se dermos sequência. Queremos criar mais escalões e acredito que seja possível. Cada vez há mais meninas que querem jogar e nós cá estamos para as acolher”.
Jogadora no banco
A aposta para o cargo técnico foi pensada e recaiu em Cláudia Machado, jogadora profissional do Lank Vilaverdense. Encantada com o projeto e com as meninas, Lau, como é carinhosamente conhecida, quer dar passos seguros na evolução das jovens jogadoras. “Ser treinadora é uma realidade diferente, mas eu gosto do treino. E fazer isso com meninas e nestas idades, é muito importante. Na minha altura, não tive essa possibilidades de jogar em equipas femininas, por isso, tento dar o que não tive”, explicou. “Muitas das minhas meninas ainda olham para o futebol com a pureza de vir treinar e jogar ao fim de semana. E tem sido gratificante ver as meninas crescerem e serem felizes. O Ronfe é um clube pequeno, mas que se esforça muito para que nada falte. Muitas delas tinham propostas de patamares acima, mas quiseram ficar cá e crescer connosco”, confidenciou, entusiasmada.