Sete dos 18 técnicos dos clubes da Liga acabam contrato no fim desta época. Mas há outros com o lugar em risco. Saiba quem são.
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Na mais atípica das temporadas, que já devia ter acabado mas vai continuar até ao final de julho, só não muda a situação periclitante de uma série de treinadores. Nos 18 clubes da Liga portuguesa, há sete técnicos que acabam contrato no final desta época e pelo menos mais dois que, mesmo tendo vínculos para os anos seguintes, estão reféns dos resultados das próximas semanas: Bruno Lage, no Benfica, e Custódio, no Braga.
Em final de contrato, estão Carlos Carvalhal (Rio Ave), Ivo Vieira (Vitória de Guimarães), João Henriques (Santa Clara), Daniel Ramos (Boavista), Vítor Oliveira (Gil Vicente), Julio Velázquez (Vitória de Setúbal) e Paulo Sérgio (Portimonense), sendo que os dois primeiros estão envolvidos na luta pelo acesso à Liga Europa e o último ocupa uma posição muito difícil na fuga à despromoção.
Com a permanência quase garantida, ou mesmo já assegurada, como no caso do Santa Clara, conseguir o principal objetivo da temporada pode fazer com que João Henriques, Daniel Ramos, Vítor Oliveira e Velásquez mantenham o lugar na próxima época, o que já será mais complicado para Paulo Sérgio, se não evitar a descida do Portimonense. Quanto a Carvalhal e a Ivo Vieira, a probabilidade de saída é elevada, mesmo que carimbem o passaporte para as competições europeias.
No Benfica, a luta pelo título vai ditar o futuro de Bruno Lage. Os maus resultados dos últimos tempos, atenuados pela vitória da passada quarta-feira em Vila do Conde, fizeram com que as águias perdessem os sete pontos de avanço que chegaram a ter sobre o F. C. Porto e a continuidade do treinador, que renovou contrato em dezembro passado até 2024, com uma cláusula de rescisão de 20 milhões de euros, deixou de ser um dado adquirido. Se for de novo campeão nacional, Lage ficará na Luz. Se não for, a situação será avaliada por Luís Filipe Vieira após a conclusão da temporada, sem esquecer que o Benfica tem ainda a final da Taça de Portugal para disputar, diante dos dragões, no dia 1 de agosto.
No Braga, Custódio substituiu Rúben Amorim e ganhou um jogo antes do início da pandemia, em março, mas a retoma do campeonato não trouxe bons sinais à equipa minhota, que sofreu duas derrotas nas duas primeiras jornadas. Se o técnico não for capaz de dar a volta à situação até ao fim da época, e conhecendo a forma como António Salvador lida com os treinadores que não obtêm resultados no curto prazo, o lugar de Custódio no banco arsenalista pode mesmo ficar em perigo.