Miguel Laranjeiro, presidente da Federação de Andebol de Portugal (FAP), pede valorização ao avanço da modalidade em Portugal.
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Licenciado em Filosofia, Miguel Laranjeiro tem um percurso cheio: começou no jornalismo, área em que foi colaborador do “Jornal de Notícias”, passou pela política e, desde 2016, enveredou por um novo desafio ao assumir a liderança da FAP. Os resultados são positivos mas o dirigente, de 58 anos, quer mais. Muito mais.
Foi reeleito recentemente na presidência da FAP. O que lhe deu mais prazer nos primeiros dois mandatos e o que deseja fazer neste último?
Logo no início, tivemos de avançar para uma certa estabilização financeira, que já vinha de trás mas que era necessário consolidar, e depois, houve uma aposta na formação. São necessárias seleções jovens fortes para alimentar a seleção principal, seja na masculina ou na feminina. No primeiro mandato, estivemos mais concentrados na equipa masculina, nunca descurando a feminina, no segundo mandato houve uma aposta clara no feminino. Relativamente à masculina, não é por acaso que, desde 2020, a seleção tem estado em todas as fases finais de europeus e mundiais, assim como nos Jogos Olímpicos de Tóquio.
Um balanço bom, portanto.
Estamos, também, no Mundial de 2025. Um dos objetivos sempre foi o de colocar Portugal junto dos melhores. Já relativamente às seleções jovens, fomos, no último ano, o terceiro país ao nível dos resultados das competições jovens da EHF. Onde é que Portugal é terceiro nas outras modalidades? Ainda agora fomos vice campeões de sub 20, o que é algo de absolutamente extraordinário e também estamos no europeu de sub 18. Tivemos resultados importantes também no feminino: vamos, pela primeira vez em 16 anos, ao Europeu. Por seu lado, o andebol de cadeiras de rodas está muito bem, é uma parte importante, queremos provar que o andebol é para todos. Também fomos terceiros no andebol de praia.