O ministro da Administração Interna, Miguel Macedo, considerou, esta quarta-feira, "inaceitáveis" a intimidação e a pressão que a violência das claques exerce sobre os espectadores dos jogos de futebol.
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Miguel Macedo falava em Lisboa, no encerramento do seminário "Estádios de Sítio", organizado pela PSP com o objectivo de debater o policiamento da violência associada ao fenómeno desportivo.
"Temos constatado uma escalada de tensão" nos eventos desportivos, reconhece o governante, que prometeu "intervir com determinação para repor a ordem pública sempre que se justifique".
E admitiu mesmo responsabilidades na situação, que disse ser colectiva: "Não podemos permitir que claques sejam pasto para actividades criminosas a que temos fechado os olhos", afirmou.
"Vamos todos contribuir para que as coisas se modifiquem", acrescentou, referindo que "por mais tensão e competição" que haja, um evento desportivo "não pode degenerar em violência", que é o "pior que o pior exemplo que o desporto pode dar".
Dirigindo-se aos dirigentes desportivos, o ministro condenou as "intervenções incendiárias" proferidas nas vésperas dos jogos e defendeu a acção "determinada" das forças policiais para repor a ordem pública, se isso se justificar.
No ano passado realizaram-se 60 mil eventos desportivos em Portugal, que mobilizaram para o policiamento cerca de 200 mil agentes de segurança, segundo Miguel Macedo.