Foram conhecidos mais pormenores que fundamentam o pedido do Ministério Público espanhol de dois anos e meio de prisão para o antigo presidente da Federação de futebol local, Luis Rubiales, na sequência do beijo na boca dado à futebolista Jenni Hermoso após a conquista do último Mundial.
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De acordo com os documentos do Ministério Público espanhol, tornados públicos pelo jornal "AS", a Albert Luque, diretor da seleção, Jorge Vilda, antigo selecionador, e Rubén Rivera, diretor de marketing, é pedida a aplicação de uma pena de um ano e meio de prisão, por terem coagido Jenni Hermoso em diversos momentos.
Tudo terá começado ainda na Austrália, onde decorreu a final do Mundial feminino de futebol, que a Espanha conquistou, após derrotar a Inglaterra por 1-0. Diz a acusação que logo aí terá sido pedido a Jenni para "fazer uma declaração pública sobre a sua aceitação do beijo".
As pressões continuaram durante a viagem de regresso a Espanha e já em solo espanhol, envolvendo a atleta e familiares e amigos da mesma. O objetivo passava por Jenni Hermoso declarar que o polémico beijo tinha sido consentido, algo que, repetidamente, não aceitou fazer.
O caso originou a saída de Luis Rubiales da presidência da Real Federação Espanhola de futebol. Jorge Vilda foi demitido do cargo de selecionador, mesmo com o título mundial alcançado. Entretanto, também Albert Luque e Rubén Rivera foram afastados das suas funções.