Clube com o orçamento mais baixo da 2.ª Divisão cancelou jogo na pré-temporada, mas luta por subida inédita à La Liga.
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A estreia do Club Deportivo Mirandés na 2.ª Divisão esteve num impasse durante bastante tempo até, finalmente, tudo ficar resolvido e o clube cumprir todos os pressupostos burocráticos para competir. Já aí, estávamos em 2011, as exigências da legislação local implicavam a obrigatoriedade de criar uma SAD e, depois de um empresário dar o dito por não dito, acabando por admitir que, afinal, não tinha o dinheiro necessário para investir, foram os jogadores e os dirigentes da altura a juntar os 1,3 milhões de euros para viabilizar a proeza. O curioso é que, se daqui a umas semanas, o Mirandés assegurar a subida inédita à La Liga também se recordará como isso esteve para não acontecer por razões incomuns.
Hoje, o clube de Miranda de Ebro defronta o Racing Santander e em caso de vitória assumirá a liderança da classificação, à falta de 10 jornadas. Nunca o Mirandés esteve tão alto na hierarquia do futebol espanhol e isso em circunstâncias normais já seria bastante assinalável, tendo em conta que, por exemplo, falámos do emblema com o orçamento mais limitado da categoria e que tem a política de construir plantéis à base de empréstimos, algo que, necessariamente, obriga a mudanças consideráveis na equipa de época para época. A atual temporada não é exceção e às ordens do italiano Alessio Lisci estão 13 jogadores cedidos: chegaram a ser 15, mas dois saíram.