Cónegos eliminam portistas da Taça e aplicam terceira derrota consecutiva à equipa de Vítor Bruno. Treinador foi muito contestado no final da partida.
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O pesadelo portista continua e desta vez alastrou à Taça de Portugal, competição na qual os dragões somavam 22 vitórias seguidas e não perdiam um jogo desde março de 2021. Duas semanas depois da goleada sofrida na Luz, os dragões voltaram a dar sinais de completo desnorte, bem aproveitados pelo Moreirense para conseguir um apuramento que, sobretudo em função da segunda parte, acabou por não surpreender ninguém.
Por incrível que possa parecer, o F. C. Porto até esteve a ganhar, mas o golo de Pepê, após 35 minutos em que Caio Secco, guarda-redes dos cónegos, só tinha feito uma defesa relevante a travar remate em arco de Namaso, foi um oásis. Passado pouco tempo, num lance em que revelou total passividade a defender o cruzamento de Frimpong para a cabeça de Asué, a equipa azul e branca sofreu o empate, dando o mote para um resto de partida em que os dragões praticamente não existiram no ataque.
Sem Galeno e Samu de início, este alegadamente devido a um problema físico com que chegou da seleção espanhola, o F. C. Porto teve Fran Navarro na frente, mas o avançado espanhol passou despercebido. Na primeira parte, os portistas ainda conseguiram instalar-se no meio-campo adversário e manter o rival dominado, não deixando de ser estranho que tenham baixado o ritmo depois de terem obtido a vantagem no marcador. O golo da igualdade avivou os fantasmas dos jogos que antecederam a paragem para as seleções e o que se viu do F. C. Porto após o intervalo foi um futebol sem velocidade, sem garra, sem rasgo nem ideias, ou sequer um desesperado “chuveirinho” depois de o Moreirense ter feito o 2-1, num penálti a castigar um inexplicável corte com a mão de Francisco Moura dentro da área.
Por essa altura, já o Moreirense estava por cima, a sair de forma muito mais rápida para o ataque e a criar perigo junto da baliza de Cláudio Ramos. Antes da grande penalidade convertida por Alan, o F. C. Porto só ameaçou o golo numa recuperação de bola em que Namaso decidiu avançar e rematar fraco para fora, quando tinha Pepê solto ao lado. A perder, nada fez para voltar a empatar, perante a fúria das claques, que no final exigiram a Vítor Bruno que se demitisse. Falta saber se a terceira derrota seguida, algo que não acontecia ao dragão desde 2008, terá mais consequências para além deste adeus precoce à Taça de Portugal.