Dikembe Mutombo faleceu, esta segunda-feira, aos 58 anos, devido a um cancro no cérebro. O poste foi um dos melhores defesas a passar pelos quadros da NBA. Na história fica um legado vasto tanto dentro do campo como fora dele.
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Mutombo lutava contra o tumor desde 2022, em Atlanta, altura em que lhe foi diagnosticada a doença. Nesta fase delicada, tal como escreve a NBA, o antigo poste esteve sempre rodeado pela família.
O antigo poste é uma das lendas do universo do basquetebol, estando, inclusive, no Hall of Fame, uma classe que integra os melhores jogadores da história. Nascido na República Democrática do Congo, rumou até ao Estados Unidos com 21 anos, já com o sonho de perseguir a carreira do basquetebol. Começou na universidade, em Georgetown, e daí partiu para a NBA em 1991, com 25 anos, sendo draftado pelos Denver Nuggets na quarta escolha do draft.
Na liga de maior mediatismo do basquetebol esteve por 18 temporadas, tendo representado, para além dos Nuggets, os Philadelphia 76ers, New Jersey Nets, New York Knicks, Houston Rockets e os Atlanta Hawks, que, em honra ao poste congolês, retiraram a camisola 55 em 2015.
Ao longo desta jornada de quase duas décadas foi nomeado para eventos de prestígio e colecionou vários prémios. Desde as oito participações no All Star-Game; três vezes na equipa All NBA; seis vezes nomeado para o quinteto All-Defensive; três vezes líder em desarmes de lançamento e outras duas em ressaltos. No entanto, foi com os quatro galardões de defesa do ano que mais se destacou, um recorde apenas igualado por Rudy Gobert e Ben Wallace.
Para a história fica o eterno momento em que abanava o dedo sempre que desarmava o lançamento de um adversário - e não foram poucas. Ao longo da carreira aplicou 3289 desarmes de lançamento, ficando à frente de Kareem Abdul Jabbar (3189), por exemplo, e apenas atrás de Hakeem Olajuwon (3830) na história da NBA.
No entanto, não só dentro do campo se fez sentir o seu impacto. Numa nota de comunicado, Adam Silver recorda a veia humanitária de Mutombo.
"Era maior do que a vida. Dentro de campo, foi um dos melhores a desarmar lançamentos e um dos melhores defensores da história da NBA. Fora dele, dedicou-se de alma e coração a ajudar os outros. Não havia ninguém mais indicado do que Dikembe para ser primeiro embaixador global da NBA. Era um verdadeiro humanista. Adorava o impacto positivo que o basquetebol podia ter nas várias comunidades, nomeadamente no seu país, a República Democrática do Congo, e nos outros países africanos", escreveu o comissário da NBA.