O antigo guarda-redes do Vitória de Guimarães e do Benfica, de 59 anos, morreu esta quinta-feira, de forma súbita, anunciou o clube minhoto.
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O futebol nacional está de luto. O ex-guarda-redes Neno, de 59 anos, faleceu esta quinta-feira à noite de forma súbita.
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Figura ímpar no futebol nacional, dentro e fora dos relvados, e com um sorriso que sempre contagiou quem privava com ele, o cabo-verdiano, que adotou Portugal como sua casa, brilhou nas balizas do Benfica, Barreirense, Vitória de Guimarães e Vitória de Setúbal. Foi campeão nacional pelos encarnados e, pelos vimaranenses, estreou-se na seleção nacional.
O "guarda-redes cantor", como também era conhecido, fruto da paixão pela música e pelo ídolo Júlio Iglesias, com quem chegou a partilhar o palco, radicou-se em Guimarães após o final da carreira.
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Pelo clube minhoto chegou a ser treinador de guarda-redes, relações públicas, chegando ao estatuto de Embaixador. De trato fácil e de uma simpatia e educação verdadeira, o homem da gargalhada natural já deixa saudades. "Então campeão, como estás", dizia, sempre que chegava a qualquer lado.
Fernando Gomes fala em "legado quase incomparável"
O presidente da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), Fernando Gomes, lamentou a morte do ex-guarda-redes, que deixa "uma legado quase incomparável".
"Personalidade tão generosa nos afetos, deixa um legado quase incomparável de cavalheirismo, simpatia, alegria e bondade", referiu Gomes, numa mensagem publicada no site oficial do organismo.
Fernando Gomes lamentou "profundamente o desaparecimento tão precoce do Neno, uma personalidade incontornável na história do futebol português, quer pela sua grande carreira no campo, quer, principalmente, pelo seu enorme valor humano".