O ano de 2024 está a revelar-se trágico para o atletismo queniano, que viu morrer diversas figuras importantes da modalidade, algumas delas em circunstâncias aterradoras.
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Com apenas 32 anos, Clement Kemboi, que foi medalha de ouro na prova dos 3.000 metros do Campeonato de África de 2015, foi encontrado morto, segunda-feira, no pátio de uma escola, na cidade de Iten, após a sua família ter comunicado o seu desaparecimento, dias antes.
Só esta semana, foi o terceiro atleta queniano a perder a vida, num ano de luto constante no país pela perda de figuras de relevo no atletismo, onde o Quénia é uma potência.
Além de Clement Kemboi, também Samson Kandie, vencedor das maratonas de Sapporo (2002) e Viena (2004), foi encontrado morto, neste caso em sua casa, depois de ter sido espancado durante um assalto. Tinha 53 anos.
Por sua vez, Kipyegon Bett morreu, aos 26 anos, vítima de doença. Tido como uma das grandes esperanças do atletismo queniano após ter-se sagrado, com apenas 16 anos, campeão do mundo de Sub-20 nos 800 metros, o velocista foi suspenso, em 2018, por ter acusado positivo a Eritropoietina (EPO), hormona que estimula a criação de glóbulos vermelhos, acabando por desenvolver uma depressão que o levou a abandonar a modalidade.
Alargando o espetro até ao início do ano, o atletismo queniano viu igualmente partir, vítima de um acidente de viação, Kelvin Kiptum, recordista mundial da maratona e o primeiro a conseguir completar 42,195 quilómetros abaixo das 2.01 horas (2.00.35 em Chicago).
Mais chocante foi a história de Rebecca Cheptegei, que representava o Uganda mas vivia no Quénia, que foi regada com gasolina e queimada viva pelo seu companheiro. Uma tragédia que aconteceu poucos dias depois de a atleta de 33 anos ter terminado a prova da maratona em Paris2024 no 44.º lugar.