
José Mourinho, treinador do Benfica
Foto: Hugo Delgado/Lusa
José Mourinho, treinador do Benfica, reagiu ao triunfo em Guimarães por 3-0.
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"Os primeiros quinze minutos da segunda parte são demolidores. Quando fazemos o golo, já podíamos ter feito três ou quatro antes, num curtíssimo espaço de tempo. A equipa entrou muito bem, fui feliz na minha mensagem, nas alterações e a equipa na segunda parte atropelou. Depois, obviamente, que com um jogador a menos poderá se dizer que contra 10 foi mais fácil. Mas eu acho que 11 contra 11 nos primeiros 15 minutos da segunda parte mostrámos que a segunda parte ia ser nossa", começou José Mourinho por analisar à Sport TV, antes de falar da mensagem transimitada após o nulo na primeira metade.
"Foram eles. Conversámos ao intervalo. Vimos algumas coisas, sob ponto de vista tático. Eles entenderam. Acho que o Barreiro e o Andreas entraram bem. Mas depois a dinâmica da equipa foi muito forte. Apertamos muito, críamos situações consecutivas e não sofremos emocionalmente. Fomos sempre atrás. Ao intervalo, eu disse, às vezes um 0-0 ao intervalo, quando se é agressivo, intenso, ok, o golo vai chegar. Mas da maneira como estávamos a jogar na primeira parte podia não chegar. Mudámos bem, mérito para os jogadores, ganhar em Guimarães não é fácil e da maneira como ganhámos ainda é mais difícil", referiu.
Quanto à falta de regularidade durante os 90 minutos, marcada por certos lampejos, o técnico encarnado deu uma justificação para essa situação.
"Não é fácil. Não estou a utilizar muitos jogadores. Os que são utilizados, na sua maioria, jogam consecutivamente. A frescura física para jogar como gosto, é necessária. É necessário um determinado perfil de jogador, com um determinado DNA, mas também é preciso frescura. E frescura com uma equipa que joga praticamente sempre com os mesmos jogadores, para pedalar daquela maneira durante 90 minutos, não é fácil", disse.
Por fim, José Mourinho falou da qualidade dos centrais: "São muito bons os três. O capitão é aquilo que é e os dois portugueses são fantásticos e de seleção. Depois há miúdos que têm qualidade, não estou nada preocupado com aquela posição", finalizou.
Luís Pinto: "Devíamos ter ficado a jogar contra 10 na primeira parte"
O treinador do Vitória, Luís Pinto, não escondeu a revolta no final do jogo, queixando-se de um alegado cartão vermelho que ficou por mostrar a Sudakov e da expulsão de Fábio Blanco.
"Enquanto esteve 11 contra 11, o arranque da segunda parte foi mérito do Benfica, depois não há mérito nenhum. Fizemos uma primeira parte fantástica em que devíamos ter ficado a jogar contra 10. E, num lance em que só se vê a raspar nos calções, o nosso jogador é expulso. Foi uma crueldade expulsar o nosso jogador. A primeira parte foi entretida, a segunda foi um mau espetáculo. Ficou uma enorme azia no balneário", afirmou.
"Houve demérito nosso nos primeiros 10 minutos da segunda parte, mas o Benfica já estava a baixar o ritmo quando marcou num lance de bola parada em que não estivemos bem. Não fomos muito surpreendidos, foi incapacidade de estarmos mais altos no campo", acrescentou o técnico dos minhotos, antes de abordar o futuro.
"Temos, mesmo que isto pareça um clichê, de nos agarrar ao que fizemos de bom na primeira parte. Esta é a realidade do futebol: as coisas mudam rápido. Toda a gente está desagradada com os resultados", finalizou.

