O treinador português José Mourinho rejeitou, este sábado, estar preocupado com o seu futuro, apesar do 16.º lugar que a Roma ocupa na Liga italiana de futebol, e lembrou que há três meses diziam que "seria uma tragédia" se saísse.
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"Renovaria agora? É uma situação hipotética, não posso responder a isso. O que posso dizer é que, há três meses, houve quase um drama ao pensar que eu poderia sair. Em Budapeste, no relvado, disse aos jogadores que ficava, depois de Spezia reiterei-o aos adeptos, dois ou três dias depois dei a minha palavra ao presidente. No verão, tive a maior, mais importante e mais louca oferta de emprego que um treinador alguma vez teve na história do futebol: recusei-a por causa da minha palavra", disse José Mourinho.
O técnico luso, que está a cumprir a terceira época em Roma, deixou entender que não vai ceder às pressões dos que exigem a sua saída, apesar de os romanos terem apenas uma vitória em seis jornadas da Serie A, em que ocupam o 16.º posto, com apenas cinco pontos em 18 possíveis.
"Só o senhor Friedkin [proprietário americano e presidente do clube] pode dizer-me que a ligação termina antes de 30 de junho. Não tenho medo, não sinto falta de confiança, vou assumir as minhas responsabilidades", disse Mourinho, que termina o vínculo ao clube "giallorosso" no final desta temporada.
Falando de responsabilidades, Mourinho lembrou que "nunca" afirmou ser "o único responsável pelas vitórias", logo também não assume "todas as responsabilidades pelas derrotas", e garantiu que vai lutar todos os dias ao lado dos jogadores e dos adeptos.
A Roma, que venceu apenas um dos seus seis jogos no campeonato, uma goleada por 7-0 ao Empoli, sofreu uma pesada derrota, por 4-1, em Génova, na última jornada, que provocou uma onda de contestação e de críticas por parte de adeptos e setores do clube.
"Temos que ganhar jogos, não devemos procurar desculpas", admitiu Mourinho, que revelou nesta conferência de imprensa que "recebeu uma oferta maluca durante o verão", sem especificar o clube que o contactou.