Ricardo Velho, Leonardo Lelo, Tomás Handel e Clayton são os que geram maiores expectativas.
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Com o campeonato a chegar ao fim, são vários os jogadores que se destacaram durante a época e que prometem alimentar o mercado interno no próximo verão. Da baliza ao ataque, o JN pediu a quatro treinadores para apontarem valores emergentes, ou com potencial, para entrar no radar dos quatro primeiros classificados na próxima época e Ricardo Velho (Farense), Leonardo Lelo (Casa Pia), Tomás Handel (V. Guimarães) e Clayton (Rio Ave) foram os nomes mais votados. “Para a baliza vejo o Ricardo Velho como um guarda-redes fortíssimo nos reflexos e velocidade reação. Joga relativamente bem com os pés. Transmite muita segurança e é um guarda-redes que dá pontos”, justificou Vítor Campelos, ex-técnico do AVS, opinião partilhada por Daúto Faquirá, que destaca o facto do guardião ter sido feito um trabalho tão consistente, que o levou a ser chamado à seleção nacional em outubro: “É um guarda-redes moderno, que joga bem entre os postes e fora deles, tem boa comunicação, lê bem o jogo e tem bom jogo de pés. É bastante completo”. Para a mesma posição, Lucas França (Nacional) e Gabriel Batista (Santa Clara) também foram nomes apontados com grande potencial para prosseguir a carreira num dos “grandes” do futebol português.
Ao nível da defesa, o jogador mais votado foi Leonardo Lelo, do Casa Pia. “Falou-se nele em tempos para o Benfica”, recordou Daúto Faquirá, “mas conheço-o bem do Olhanense, joga bem numa linha de cinco defesas e tem grande capacidade de projeção”, acrescentou. O lateral também foi escolha de Vítor Campelos, que lhe destacou “a consistência, que fez dele um dos pilares do Casa Pia” e características interessantes: “É eficaz no processo defensivo e competitivo, o que o torna difícil de bater no um para um. É muito acutilante no processo ofensivo e boa envolvência no último terço em combinações para servir os colegas”. Entre os defesas, Tulipa destacou Kévin Boma (Estoril) e Manuel Machado acrescentou Filipe Relvas (V. Guimarães).
No meio-campo os nomes de Tomás Handel e Gustavo Sá foram os que surgiram com maior frequência, sendo que neste caso foi necessário recorrer ao tempo de utilização de cada um como critério de desempate, levando a melhor o médio do V. Guimarães. “De uma maneira geral, apresenta uma boa cultura de jogo, faz uma gestão dos momentos de jogo de alto nível. Tem um pé esquerdo muito bom ao nível do passe longo e curto, uma meia distância muito boa, embora esteja a jogar numa posição muito recuada, o que lhe tira a possibilidade de a utilizar. Mas tem muito potencial”, destacou Manuel Machado. “Pode atuar como seis ou oito, é inteligente na forma como lê o jogo e aos 24 anos ainda tem uma grande de progressão”, acrescentou Tulipa.
Para o ataque, o escolhido foi mais consensual e os 14 golos apontados no campeonato português são um argumento de peso. “Clayton é muito forte em zonas de finalização, principalmente de cabeça. É bom tecnicamente, muito agressivo e competitivo. Oferece soluções quer em apoio, quer em profundidade, é muito bom a atacar a última linha com movimentos curtos e eficaz na cara do guarda-redes”, descreveu Vítor Campelos. “Num contexto de uma equipa que atue mais no meio-campo do adversário, pode aumentar o rendimento”, acrescentou Manuel Machado. “Cabe muito bem num plantel mais ambicioso”, completou ainda Faúto Faquirá. Já Tulipa preferiu destacar Yanis Begraoui, avançado do Estoril, que também deixou boa impressão.