Nadadora brasileira expulsa dos Olímpicos diz que apresentou queixa de assédio
Ana Carolina Vieira, nadadora brasileira, foi expulsa dos Jogos Olímpicos pelo Comité Olímpico do Brasil por, alegadamente, deixar a Aldeia Olímpica sem autorização. A atleta, que está de passagem por Portugal, afirma que presentou uma denúncia de assédio e que esta foi ignorada.
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Ana Carolina Vieira utilizou as redes sociais para agradecer "as mensagens de carinho" e esclareceu o que se sucedeu em Paris: "Não consegui contactar com ninguém a partir do momento em que saí da sala em que anunciaram que eu estava fora [dos Jogos Olímpicos] por más condutas. Graças a Deus vou provar que não tive más condutas nenhumas. A partir do momento em que saí da sala, a minha cara já estava em todas as possíveis páginas. Não consegui ter contacto com ninguém, em nenhum momento consegui ficar sozinha, tinha uma mulher a acompanhar-me o tempo todo. Pedi para falar com psiquiatra, pedi uma água e não podia ir buscar. Graças a Deus depois consegui falar com ele, mas estive acompanhada", começou por dizer.
"Saí de lá e deixei os meus materiais, não sabia o que fazer. As minhas coisas estão lá [na Aldeia Olímpica], fui para o aeroporto de calções. Tive que abrir a mala no aeroporto. Estou em Portugal, vou para Recife e depois para São Paulo. Estou desamparada, não tive acesso a nada, não consegui falar com ninguém. Mandaram-me entrar em contacto com os canais do COB [Comité Olímpico do Brasil]. Mas como vou entrar em contacto? Já fiz uma denúncia de assédio e nada foi resolvido, assédio dentro da seleção", assegurou a nadadora brasileira.
E acrescentou: "Vou falar com os meus advogados. Prometo contar tudo. Estou triste, nervosa, mas com coração em paz porque sei quem sou, sei qual é o meu caráter e a minha índole. Espero poder defender a natação brasileira feminina com muito orgulho. Peço paciência e obrigado".