O ex-jogador do F. C. Porto recordou, numa entrevista dada em junho mas agora divulgada, o que levou ao afastamento do F. C. Porto e das opções de Sérgio Conceição, depois de se ter recusado a treinar, em 2020, devido à covid-19.
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"Naquela altura não sabia o que era o coronavírus e não havia cura. A minha esposa tem asma e uma pneumonia era séria ameaça à vida. Algumas pessoas morreram assim e a minha filha ainda era pequena. Para mim, a família é a coisa mais importante, coloco-a acima de tudo. Enquanto outras equipas ainda treinavam com pequenos grupos de jogadores, o F. C. Porto começou a treinar com toda a equipa. Tínhamos duas salas separadas, mas não parecia socialmente distanciado. A minha mulher estava doente na altura se eu fosse infetado com covid-19 colocaria a minha família em risco. Não quero ver minha esposa e filha sofrerem, então tomei a decisão de ficar com elas. Não participei nos treinos, perdi a minha posição na equipa, mas não me arrependo", disse à revista "Goethe", do Japão.
Nakajima acabou por nunca mais vestir a camisola do F. C. Porto, tendo sido cedido ao Al Ain, dos Emirados Árabes Unidos, pelo qual só fez dois jogos, antes de sofrer uma grave lesão. Regressou aos relvados oito meses depois, pelo Portimonense, e agora não tem lugar no. F. C. Porto, com quem tem contrato até 2024.
"A verdade é que a cada ano que passa estou mais velho, mas quero manter a cabeça no lugar. Quero dar o meu melhor e crescer dia a dia. Acho que vai ser difícil, mas quero fazê-lo. Quero melhorar ainda mais o meu futebol para poder fazer aquelas jogadas que só eu sei fazer. Fiquei de fora da seleção do Japão, se precisarem de mim estarei disponível. Como só há uma chamada antes do Mundial, a possibilidade é bem baixa. Costumava pensar que definitivamente seria selecionado, mas agora não me importo se não for", concluiu.