Nani, jogador do Adana, da Turquia, no podcast "1 PARA 1" apresentado por Pedro Pinto, analisou alguns momentos da carreira e abordou a geração atual da seleção, destacando João Félix e Rafael Leão.
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Nani é um dos nomes imortalizados na história do futebol português. O avançado, que deu os primeiros passos no Sporting, formou com Cristiano Ronaldo e Ricardo Quaresma o trio de ataque da seleção nacional que conquistou o Europeu de 2016, em França. Agora, aos 36 anos e fora da órbita da equipa das quinas, no podcast "1 PARA 1", apresentado por Pedro Pinto, o internacional luso mostrou-se entusiasmado com a nova geração, especialmente com João Félix e Rafael Leão, e deixou um no ar um dos seus "maiores sonhos".
"Vejo um grupo muito positivo, com muito boa energia. É um grupo de jogadores muito jovens, mas com muito talento. João Félix? É um jogador muito talentoso, que tem uma capacidade enorme para evoluir o futebol dele. Já vimos ali o que é o verdadeiro João Félix, mas que ainda não chegou ao nível que ele pode chegar, toda a gente sabe disso. Rafael Leão? É um leão. Mas na minha opinião acho que ele pode dar muito mais. Quando o vejo na Seleção parece faltar ali um bocadinho de alegria", começou por dizer Nani, quando questionado sobre a seleção portuguesa.
"O meu filho, o do Ronaldo e o do Quaresma no ataque da Seleção seria um espetáculo. Isso era bonito. E eu acho que deveria acontecer, outra vez, porque muitas das pessoas que nos viram jogar e que nos acompanharam até hoje e nos acompanham, iam gostar de poder ver os nossos filhos a repetir a história. Que joguem, mas que joguem para se divertir e para fazer a sua própria história. Só o facto de conseguir ver o meu filho a jogar, já vai ser um grande orgulho", adiantou ainda.
Com passagens por Sporting, Manchester United, onde levantou uma Liga dos Campeões e um Campeonato do Mundo de Clubes, Fenerbahçe, Valência e Lázio, Nani recorda o título de campeão europeu por Portugal, em 2016, como o ponto mais alto da sua carreira.
"[Europeu de 2016] Foi realmente o topo do topo, foi um momento único porque eu sempre disse: “Quando tu jogas pela seleção, tu não jogas só pelos adeptos que apoiam uma seleção. Tu jogas pelos teus amigos, pelos teus familiares, jogas pelos adeptos dos clubes rivais, do clube que tu representas”. E não há outra competição para se ganhar, a não ser o Mundial. O único troféu que eu trocaria seria o do Mundial", afirmou o avançado, que conta com 112 internacionalizações e 24 golos com a camisola das quinas.
Quanto a treinadores da sua já longa carreira, Nani aponta Paulo Bento, técnico que o lançou nos leões, como aquele que mais o "marcou", mas não esquece Alex Fergunson. "Sir Alex foi uma das pessoas mais importantes na minha vida do futebol. Ele geriu a minha carreira no momento em que eu estava a jogar no meio de leões, era só leões ali. E eu tinha de me tornar um. Como eu se calhar ainda era um tigrezinho, ele foi a razão de me fazer chegar a leão e aprendi muito com ele", concluiu o extremo português.
Longe ainda do momento em que pendurará as chuteiras, esta temporada, Nani particou em 14 jogos na liga turca, ao serviço do Adana, onde registou dois golos e duas assistência. Companheiro de ataque de Mário Balotelli, o avançado português escolheu o golo da meia-final do Europeu de 2016, frente ao País de Gales, como o mais importante da carreira e elegeu Cristiano Ronaldo como o melhor jogador com quem partilhou balneário.