Luís Nani, de 38 anos, anunciou o fim de uma carreira de sucesso. Na infância passou fome e viveu em condições precárias, mas, obstinado em seguir o mundo do futebol, trabalhou arduamente para brilhar nos grandes palcos. Na memória ficam os mortais que realizava quando marcava um golo.
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Luís Carlos Almeida da Cunha, mais conhecido na gíria por Nani, pendurou as chuteiras, encerrando, assim, uma das carreiras mais brilhantes do futebol português no século XXI. No imaginário de todos ficam as arrancadas ferozes, os dribles fantasistas, as assistências e os golos finalizados com um festejo emblemático: o mortal. No entanto, Nani foi muito mais que isto. Foi um exemplo de superação, com uma história de vida capaz de motivar os mais novos a enfrentar as adversidades. Fora dos relvados, impressiona, ainda, pela genialidade para tocar piano e pela veia humanitária.
A história de vida de Nani começa na Amadora em condições extremamente precárias e com a fome a ser uma constante desagradável: "Estava a viver com a minha mãe e oito dos meus irmãos numa casa só com um quarto. O chão era cheio de buracos com ratos e lagartos. Não tínhamos nada para comer. Estávamos a lutar pelas nossas vidas", relatou ao "The Players Tribune", em 2020.