Joe Ingles, dos Timberwolves, foi titular pela primeira vez em três anos sobre o olhar atento do pequeno Jacob. Chris Finch, técnico da equipa de Minessota, comentou a situação: "Às vezes é preciso tomar a decisão humana. Todos os minutos importam, mas estes foram por outra razão", considerou.
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Nem sempre se trata de um jogo e de ganhar ou perder. O mais recente exemplo disso surge da NBA, na qual, esta semana, uma pequena decisão se transformou num gesto gigantesco e repleto de humanismo.
No passado domingo, a esposa de Joe Ingles e os três filhos fizeram uma viagem longa desde Orlando até Minessota para ver o australiano, de 37 anos, a jogar frente aos Utah Jazz. Um dos filhos, Jacob, autista, nunca tinha conseguido assistir a um encontro até ao fim.
Ao ter conhecimento da história, Chris Finch, treinador dos Timberwolves, decidiu recompensar a família, dando a titularidade a Joe Ingles - algo que não acontecia há três anos -, numa vitória tranquila sobre os New Orleans Pelicans (134-93), num jogo em que o extremo esteve seis minutos e 10 segundos em campo. O momento foi vivido com grande euforia.
"Às vezes é preciso tomar a decisão humana. Dizemos sempre que todos os minutos importam. Bom, estes importaram por outra razão. Alguém me pôs na cabeça a ideia de garantir que o Joe jogaria e pensei, 'se vamos fazê-lo, que seja com estilo'", justificou Chris Finch, numa atitude que nem precisaria de grande explicação.
Já Joe Ingles comentou o momento e elucidou, um pouco, sobre a batalha que o filho e os familiares travam diariamente. "Ele não quer saber de basquetebol, quer é o pai em casa. Há menos stress porque sei que posso pagar o que o Jacob precisa, mas isso não apaga as crises no meio do supermercado. Consegues sentir as pessoas a olharem para ti. Sabes que estão a julgar-te, a fazer comentários sobre o que está a acontecer, mas não têm ideia do que é viver dia e noite com esta situação. Desde que ele foi diagnosticado que estamos a tentar aumentar a consciencialização".