O Benfica necessitou, esta quarta-feira, de recorrer à "negra" para vencer na receção ao Sporting (3-2), em jogo em atraso da sexta jornada da segunda fase do campeonato.
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Com este resultado, o Sporting eleva para três a série de derrotas nesta segunda fase depois de ter tropeçado diante da Académica de Espinho (3-2) e Leixões (3-0), e simultaneamente para seis os jogos sem vencer frente ao Benfica (nos quais se incluem os três jogos à melhor de cinco da meia-final do campeonato da época passada). O último triunfo dos 'leões' remonta a 07 de março de 2021, na final da Taça de Portugal (3-1).
Muito longe de ser um jogo bem jogado, foi valendo ao longo dos cinco parciais a incerteza no resultado. Incerteza essa marcada pelos sucessivos erros nos serviços, receção, no bloco e no ataque das duas equipas.
Os comandados de Gersinho entraram melhor no encontro chegaram mesmo a estar a vencer por 10-5. Os 'encarnados' ainda equilibraram as forças quando chegaram ao empate (15-15) mas faltou sempre um 'clique' para se superiorizarem ao adversário, tendo o Sporting conquistado o primeiro "set", por 25-21.
No segundo parcial, o Benfica a espaços emendou a mão, embora tenha sentido fortes dificuldades para descolar do Sporting, que errou muitos serviços, tendo ficado na luta pelo ponto até aos 16-14, altura em arrancou para a igualdade no encontro (25-20). Apesar deste desfasamento final a verdade é que a formação de Alvalade esteve perto de empatar o "set" já que chegou a ter apenas um ponto de desvantagem (21-20).
Essa incerteza no resultado manteve-se no início do terceiro jogo, o Benfica ainda chegou a ter três pontos de vantagem, mas o Sporting mostrava que não tinha ido à Luz para passear e mantinha os olhos postos na conquista da vitória.
Apesar desta aspiração dos 'leões', que chegaram a registar a estar a vencer (23-22), a força do capitão Hugo Gaspar e a magia de André Aleixo e a garra de Peter Wohlfahrtstatter fizeram a diferença e deram o ponto aos campeões nacionais (25-23).
No quarto parcial, o marcador foi oscilando para ambos os lados, ora o Benfica estava na frente, ora o Sporting vencia por três pontos (17-14). E aqui era bem visível a condição física dos jogadores, já que tanto 'águias' como 'leões' vinham de recuperações a surtos de covid-19.
Com este duelo de forças, os 'encarnados' conseguiram, entretanto, chegar à igualdade, contudo os erros nos serviços iam impedindo que se se colocassem na condição de vencedores, tendo o Sporting aproveitado para, merecidamente, ganhar por 25-23.
Na 'negra', que é um "set" mais curto, a equipa que cometer menos erros está mais perto de vencer. Foi precisamente isso que o Benfica fez. Embora, à semelhança de todo o jogo, a incerteza se tenha mantido no marcador, o ponto André Lopes, que fez o Benfica saltar para a frente (13-12), fazia adivinhar o desfecho do jogo que acabou confirmado por um serviço defeituoso do Sporting onde a bola acabou na rede (15-13).
Ficha de jogo:
Jogo realizado no Pavilhão N.º 2 do Estádio da Luz, em Lisboa
Benfica - Sporting, 3-2
Parciais: 21-25 (29 minutos), 25-20 (27), 25-23 (28), 23-25 (34) e 15-13 (21)
Sob arbitragem de Rui Reis e Sofia Costa, as equipas alinharam:
Benfica: Raphael Oliveira, Peter Wohlfahrtstatter, Hugo Gaspar, Tiago Violas, André Aleixo e Ivo Casas (líbero). Jogaram ainda: Flávio Soares, Aaro Nikula, Bernardo Westermann, André Lopes e Pablo Natan
Treinador: Marcel Matz
Sporting: José Masso, Tiago Pereira, Victor Hugo, Thiago Gelinski, Robinson Dvoranen e João Fidalgo (líbero 1). Jogaram ainda: Joaquim Gallego, Tiago Barth, Kelton Tavares, Frederico Santos e Gil Meireles (líbero 2)
Treinador: Gersinho
Assistência: Cerca de 700 espetadores